Após decisão do Copom, dólar sobe por cautela com inflação e fiscal

O dólar opera em alta nesta quinta-feira (28), após o Copom elevar a Selic em a 7,75% ao ano. Os gatilhos são o avanço do IGP-M de outubro acima do teto das projeções do mercado e o novo adiamento da PEC dos Precatórios na Câmara, que aumentam as preocupações com a inflação e o risco fiscal extrateto de gastos públicos.

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Às 10h25 desta quinta, o dólar à vista subia 1,32%, a R$ 5,61. O dólar para novembro ganhava 1,19%, a R$ 5,6060.

“O adiamento da votação da PEC dos precatórios deve pressionar os juros e o dólar, e será votada na próxima quarta-feira, além disso este fato pode prejudicar o desempenho do índice Bovespa no dia de hoje, uma vez que a votação se faz necessária para abrir espaço no orçamento de 2022 e ao Auxílio Brasil”, disse o Trader Mesa Câmbio do Travelex Bank, Yuri Pasini.

A subida da moeda americana ante o euro mais cedo é precificada também. O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar a Selic em 150 pontos-base na quarta-feira, para 7,75% ao ano, a maior alta de juros em 19 anos – além de sinalizar outra alta da mesma magnitude em dezembro.

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O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) avançou 0,64% em outubro, após cair 0,64% em setembro. O resultado ficou acima do teto das estimativas do mercado coletadas pelo Projeções Broadcast, de 0,61%.

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) avançou 1,8 ponto na passagem de setembro para outubro, na série com ajuste sazonal, para 99,1 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 0,4 ponto.

Na Alemanha, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) avançou 4,5% em outubro ante igual mês de 2020, mostrando também aceleração em relação ao avanço de 4,1% em setembro e acima do esperado por analistas (+4,4%).

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O dado alemão reforça a cautela com a inflação na Europa e também porque o BCE anunciou hoje cedo a manutenção de juros e que seguirá com compras do PEPP em ritmo moderadamente menor. O BCE reafirmou também que os juros básicos vão continuar nos níveis atuais ou menores “até que a meta de inflação de 2%” seja alcançada de forma duradoura, ajudando ainda a enfraquecer o euro.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quarta-feira (28), o dólar encerrou o pregão em queda de 0,31%, negociado a R$ 5,55.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Poliana Santos

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