Dólar sobe com tombo do petróleo; Mercado espera Biden e Powell

O dólar opera em alta nesta quarta-feira (22), em meio ao crescimento da aversão a risco no exterior. O mercado de câmbio ajusta-se às perdas fortes do petróleo, acima de 5% no barril do WTI em Nova York e de 4,6% no caso do tipo Brent, em Londres, o que em tese alivia aqui os receios com inflação. O mercado precifica ainda a queda dos retornos dos Treasuries com busca de proteção global.

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A cotação do dólar tem alta de 0,68%, aos R$ 5.179, por volta das 10h57.

Os investidores operam a dólar hoje sob expectativas de que o presidente dos EUA, Joe Biden, peça ao Congresso norte-americano nesta quarta-feira que os impostos federais sobre a gasolina e o diesel sejam suspensos por três meses. Biden também deverá pedir que os governos estaduais tomem medidas semelhantes.

Além disso, os mercados seguem temerosos de que aumentos de juros por grandes bancos centrais para combater a inflação levem a economia global a uma recessão, o que também impacta de forma direta na movimentação do dólar.

Outro foco das atenções é o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, que testemunha no Senado americano hoje (10h30), além de falas de outros dirigentes do Fed no começo da tarde: Thomas Barkin, de Richmond, e Patrick Harker, de Philadelphia (13 horas), e Charles Evans, de Chicago (13h50).

Na semana passada, o BC norte-americano promoveu seu maior aumento de juros desde 1994, de 75 pontos-base, em nova tentativa de combater a disparada da inflação, alimentando temores de efeitos recessivos, o que vem movimentando as bolsas mundo afora e a taxa de câmbio e no valor do dólar.

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Mais cedo, a aceleração da taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) do Reino Unido para 9,1%, renovando máxima em quatro décadas, também deu ao movimento de busca de proteção. O Banco da Inglaterra (BoE) elevou seu juro básico pela quinta vez seguida na semana passada na tentativa de conter a inflação no país e seus dirigentes seguem indicando necessidade de mais aperto monetário. A inflação global está no radar dos investidores para as mudanças de preço do dólar.

O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, previu hoje que a inflação na zona do euro deverá se manter perto do atual nível recorde nos próximos meses e começar a desacelerar após o verão europeu. O BCE já sinalizou que deve iniciar o aperto de juros em julho.

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Última cotação do dólar

Nesta terça-feira (21), o dólar fechou em queda de 1,27%, a R$ 5,144 reais na venda, interrompendo uma sequência de duas baixas seguidas.

Com informações de Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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