Dólar encerra em alta de 1,262%, cotado em R$ 5,4959

O dólar encerrou nesta segunda-feira (17) em alta de 1,262%, negociado a R$ 5,4959 na venda.

O dólar hoje abriu em queda enquanto o mercado estava de olho nos impactos da pandemia na economia brasileira, que deve cair 5,52% neste ano, segundo a nova previsão do Boletim Focus.

Já durante o dia, os investidores ficaram atentos à informação de que a China injetou 700 bilhões de yuans (cerca de R$ 531,2 bilhões) em liquidez no mercado financeiro.

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Confira as principais notícias que movimentaram o mercado nessa segunda-feira:

  • China injeta 700 bilhões de yuans no mercado através do Banco Central
  • Boletim Focus projeta queda de 5,52% da economia neste ano
  • Investimentos estrangeiros demorarão para chegar no Brasil, diz IIF
  • EUA ampliam sanções contra a gigante chinesa Huawei
  • Última cotação do dólar

China

A China, por meio de seu Banco Central (BC), injetou 700 bilhões de yuans (cerca de US$ 98 bilhões, ou R$ 531,2 bilhões) em liquidez no mercado financeiro. O instrumento utilizado será a linha de crédito de médio prazo (MLF, em inglês). O BC chinês, entretanto, manteve sua taxa de juros referencial inalterada nesta segunda-feira.

De acordo com um comunicado publicado no site do Banco do Povo da China (PBoC), os empréstimos terão um ano de maturação e continuarão com um custo de captação de 2,95% pelo quarto mês consecutivo. Segundo analistas, o movimento do BC pode abrir caminho para taxas de empréstimo de referência mais baixas.

Segundo a autoridade monetária, a operação preencherá o lugar de dois lotes de empréstimos nos moldes MLF que vencem neste mês, no valor de 550 bilhões de yuans (US$ 77 bilhões). O PBoC disse que “a nova operação suprirá a demanda de mercado”.

Boletim Focus

Os responsáveis pela elaboração do Boletim Focus reduziram suas projeções para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. A estimativa divulgada nesta segunda-feira é de uma baixa de 5,52% na economia brasileira, frente a 5,62% na última segunda-feira (10). Essa é a sétima semana seguida que o relatório do Banco Central prevê uma queda menos intensa para o indicador econômico.

Há cerca de um mês, entretanto, o Boletim Focus projetava uma queda de 5,95%. No primeiro trimestre deste ano, a economia brasileira recuou 1,5%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado do segundo trimestre será divulgado em 1º de setembro.

O boletim divulgado em todo início de semana, no começo de 2020 estimava um crescimento de 2,30% da economia do Brasil. Os profissionais do mercado, entretanto, não previam o forte impacto da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no País. Para o ano que vem, os especialistas permanecem com a estimativa de um crescimento de 3,50% no PIB pela 12ª semana consecutiva.

Investimentos estrangeiros

O economista do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), Jonathan Fortun, indicou nesta segunda-feira (17) que acredita em uma lenta retomada dos investimentos estrangeiros para o Brasil. Ele explicou que a falta de atividade no país deve fazer com que o  capital estrangeiro demore para voltar à níveis pré-pandêmicos.

Fortun informou que os emergentes em geral sofreram com a saída de capital estrangeiro, porém vê a possibilidade de recuperação. “Observamos que o impacto da crise da Covid-19 sobre a saída de capitais dos emergentes foi uma espécie de dominó geográfico global com início na China. A recuperação também tem seguido esse padrão”, disse o economista do IIF.

“O Brasil, no entanto, não é um bom exemplo desse movimento porque sentiu mais rápido os efeitos da crise e também porque já vinha de uma dinâmica específica anterior. Antes de junho, o último mês positivo para a renda variável do Brasil havia sido novembro. A renda fixa teve nove meses negativos em 2019 antes de apresentar algum fluxo positivo em janeiro e fevereiro”, explicou Fortun.

EUA e Huawei

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, afirmou nesta segunda-feira (17) que o governo de Donald Trump vai ampliar as sanções contra a gigante chinesa de tecnologia Huawei. Segundo o anúncio de Pompeo, os norte-americanos vão bloquear o acesso da empresa a chips e outras tecnologias.

“Hoje, desferimos um golpe direto na Huawei e no repressivo Partido Comunista Chinês ao limitar ainda mais a capacidade da Huawei de adquirir a tecnologia dos EUA e comprometer a integridade das redes mundiais e das informações privadas dos americanos”, publicou o secretário em seu Twitter.

O Departamento do Comércio adicionou 38 filiais da gigante de tecnologia em todo mundo à “lista de entidades” com o discurso de que a empresa utilizava as subsidiárias internacionais para evitar as sanções que impedem a exportação de tecnologia norte-americana.

Última cotação do dólar

Na sessão da última sexta-feira (14), o dólar encerrou o pregão em alta de 1,12%, negociado a R$ 5,417 na venda.

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Laura Moutinho

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