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Dólar desacelera com DXY fraco: IBC-Br, guerra e China impactam moeda

O dólar mostrou uma desaceleração em sua trajetória de alta durante a manhã desta sexta-feira (20) e estava sendo negociado em torno de R$ 5,06 recentemente, depois de atingir o ponto mais baixo em R$ 5,0556 (+0,05%) no mercado à vista. Mais cedo, a cotação da moeda chegou a alcançar seu pico próximo de R$ 5,10 (atingindo R$ 5,0986, um aumento de 0,91%).

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Segundo Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da Stonex, o dólar à vista está passando por uma correção técnica devido ao fortalecimento do dólar em relação a outras moedas em comparação com o real. No entanto, a queda do índice DXY em relação a moedas concorrentes está limitando o aumento local da moeda americana.

“A subida mais forte do dólar no início dos negócios refletiu preocupações com o IBC-Br em agosto abaixo do esperado, que reduz a atratividade dos ativos brasileiros, desestimulando o fluxo de entrada de investimentos estrangeiros e podendo induzir saídas”, afirma Mattos.

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Israel-Hamas, China e dólar

A escalada das tensões entre Israel-Hamas, com possibilidade de invasão por terra de Israel à Faixa de Gaza e o risco de ampliação do conflito na região, somada à rigidez dos juros longos dos Treasuries, embora em queda hoje, atraem investidores para o dólar, comenta.

Também o recuo do minério de ferro de mais de 3% na China, em meio à manutenção dos juros no país apesar da crise persistente no setor imobiliário, contribui para busca de proteção na moeda americana, aponta Mattos.

O analista diz ainda que os reajustes de baixa dos preços da gasolina e de alta do diesel pela Petrobras indicam que a estatal está atenta à defasagem do diesel ante os preços internacionais e isso é positivo do ponto de vista do investidor, enquanto a queda da gasolina pode ser absorvida porque o valor da estatal estava aparentemente acima da cotação internacional da commodity.

Às 10h27, a cotação do dólar à vista subia 0,14%, a R$ 5,0594. O dólar para novembro recuava 0,19%, a R$ 5,0570, com ajustes ao fechamento anterior.

Com informações Estadão Conteúdo.

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Camila Paim

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