IBC-Br, considerado uma ‘prévia do PIB’, recua 0,77% em agosto e supera expectativas

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de agosto registrou uma queda de 0,77% no mês de agosto em relação a julho. Os dados divulgados pelo BC nesta sexta-feira (20) pela manhã vieram bem abaixo das expectativas do mercado segundo o o consenso Refinitiv, que posicionava a taxa em 0,30%.

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O IBC-Br de julho foi revisado e também teve uma elevação de 0,42%, ante a alta de 0,44%.

Nos últimos 12 meses, o IBC-Br acumula uma alta de 2,82% e de 3,06% no ano.

Na média móvel de trimestre, dos meses encerrados em julho, a queda do índice foi de 0,04%.

Em comparação ao mês de agosto de 2022, o IBC-Br anotou uma elevação de 1,28%, enquanto que teve uma queda de 0,65% no trimestre encerrado no mesmo mês.

Quanto ao mesmo trimestre de 2022, o crescimento foi de 1,52%.

Marco Antonio Caruso e Igor Cadilhac, economista-chefe e economista do PicPay respectivamente, comentam que a contração de 0,8% na passagem de julho para agosto e equivalente a um avanço de 1,3% na comparação com agosto de 2022, foi influenciado por quedas em quase todos os setores da atividade econômica, sendo a indústria a única exceção.

“A principal contribuição negativa, veio dos transportes e dos serviços prestados às famílias, que devolveram boa parte dos ganhos acumulados nos últimos meses. Olhando à frente, a grande questão é se esse resultado negativo se trata de um ponto de inflexão ou se deve a fatores temporários”, comentam os economistas.

Além disso, Caruso e Cadilhac acreditam que o cenário atual ainda tem espaço “para um bom desempenho no segundo semestre, sem grandes consequências nos preços, que já mostram uma dinâmica favorável. Com relação aos números, a dinâmica do PIB teve uma leve piora na ponta, mas não altera a projeção de 3% em 2023″, analisam.

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IBC-Br do Banco Central

Com um cálculo diferente de demais indicadores nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o BC adota uma metodologia específica de frequência mensal para o IBC-Br, para um acompanhamento mais constante dos movimentos da atividade econômica do país. O Produto Interno Bruto (PIB), por sua vez, adota uma frequência trimestral, com um quadro mais abrangente da economia.

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Camila Paim

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