Dólar em queda com dados sobre possível recessão dos EUA no radar

O dólar opera em queda nesta terça-feira (20) com Fed, dados dos EUA, investimentos dos estrangeiros na bolsa e reforma tributária no radar.

Por volta das 9h30, o dólar registrava queda de 0,337% sendo negociado a R$ 4,0533. O mercado está atento a possibilidade de recessão econômica americana ainda no final deste ano.

Além disso, segue no radar dos investidores a possibilidade de corte na taxa básica de juros americano exigida pelo presidente norte-americano e os investimentos estrangeiros que foram retirados da Bolsa em volume jamais visto.

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Fed

O Federal Reserve não deu indícios da possibilidade de corte de juros americanos mesmo à pedidos do presidente dos EUA. Dessa forma, esse movimento é contrário aos de outros países. O banco central da China indicou que irá reduzir os juros ou tomar medidas para estimular a economia.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu ao banco central norte-americano, Fed, que corte a taxa de juros em ao menos 1 ponto percentual, na última segunda-feira (19).

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As reuniões do Fed sobre a taxa de juros serão, provavelmente, nos dias 17 e 18 de setembro.

“A taxa do Fed, durante um curto período de tempo, deve ser reduzida em pelo menos 100 pontos-base, talvez com algum alívio quantitativo também. Se isso acontecesse, nossa economia seria ainda melhor, e a economia mundial expandiria rapidamente – bom para todos”, afirmou o presidente no Twitter.

Recessão dos EUA

De acordo com a pesquisa da Associação Nacional de Economia Empresarial (Nabe, na sigla inglês), 74% dos economistas americanos prevem que os Estados Unidos entrará em recessão entre 2019 e 2020.

Por sua vez, cerca de 34% dos economistas dos EUA temem uma recessão econômica até 2021. Para 38% dos profissionais entrevistados, a queda econômica começará em 2020.

Os números representam aumento considerável em relação a última pesquisa realizada em fevereiro.

Estrangeiros retiram investimentos da Bolsa

A retirada de investimento de estrangeiros na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo se aproxima de um recorde na sua série histórica, desde 1996.

De janeiro até 15 de agosto, quando o último dado foi disponibilizado, o resultado entre compras e vendas negociadas através das ações pelos estrangeiros na Bolsa foi negativo em R$ 19,16 bilhões.

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O volume de saques ultrapassa o mesmo período de 2008, de R$ 16,53 bilhões. No mesmo ano, o estopim da crise imobiliária nos Estados Unidos aconteceu em setembro, com a falência do Banco Lehman Brothers. Neste ano, as retiradas vem aumentado desde maio, quando o ambiente externo foi se deteriorando.

Última cotação do dólar

Na última sessão, segunda-feira (19), o dólar encerrou em alta de 1,599%, sendo negociada a R$ 4,0677 na venda.

Poliana Santos

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