Dólar acumula queda de 0,96% na semana após decisão do Copom

O dólar encerrou o pregão desta sexta-feira (18) em alta de 0,92%, negociado a R$ 5,07. No entanto, a moeda norte-americana caiu cerca de 0,965% contra o real no acumulado da semana.

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Esta semana, o mercado esteve atento principalmente às decisões no Brasil e nos Estados Unidos. Com isso, confira o desempenho do dólar durante a semana:

  • Segunda-feira (14): a moeda fechou em queda de 1,01%, negociado a R$ 5,071 na venda, após ter acumulado uma alta de 1,47% na semana anterior.
  • Terça-feira (15): o dólar encerrou novamente em queda, de 0,55%, negociado a R$ 5,043, com os investidores à espera da “Super Quarta”.
  • Quarta-feira (16): a moeda teve alta de 0,34%, negociado a R$ 5,060 após o Fed manter a taxa de juros zerada e prever aumento até o fim de 2023
  • Quinta-feira (17): o dólar fechou em queda de 0,74%, negociado a R$ 5,02, repercutindo a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), de elevar a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual, chegando a 4,25% ao ano.

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Notícias que movimentam o dólar hoje

Além disso, confira outras notícias que movimentaram o mercado hoje:

  • James Bullard, dirigente do Fed, prevê alta de juros em 2022
  • Reforma do IR: projeto deve ser entregue pelo governo semana que vem, diz Lira
  • BCE estende alívio de capital a bancos da zona do euro até março de 2022

Federal Reserve

Um dos dirigentes do Federal Reserve (Fed), James Bullard, disse nesta sexta-feira que espera a primeira alta da taxa básica de juros no final de 2022. A previsão vai contra a visão majoritária entre o membros da instituição, que preveem o primeiro aumento somente em 2023, conforme mostrou o gráfico de pontos divulgado na última quarta-feira.

Em entrevista à rede de notícias CNBC, Bullard, que é presidente da distrital de St. Louis do Fed, disse que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) adotou uma posição mais “hawkish” (mais dura) no encontro deste mês.

Segundo ele, o presidente do Banco Central dos Estados Unidos, Jerome Powell, “abriu oficialmente” o debate sobre o processo de redução de estímulos, conhecido como “tapering”. Com a pandemia chegando ao fim no país, ele considera “natural” que o debate se intensifique.

Reforma do Imposto de Renda

O governo federal adiou, novamente, a entrega do projeto de reforma do IR de pessoas física e jurídica. Segundo Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, o texto será entregue na próxima semana, quando serão definidos quais deputados irão tocar esse tema e o projeto sobre a CBS, a Contribuição sobre Bens e Serviços.

“Foi postergado para a próxima quarta-feira (23) a entrega de um projeto de lei que vai tratar da reforma do IR para pessoa física pessoa jurídica e dividendos. Ainda precisamos de ajustes entre Casa Civil, Ministério da Economia e Presidente da República”, disse Lira em live com a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) nesta sexta-feira (18).

Segundo ele, chegando esse projeto, ele deve iniciar na Câmara a discussão. “Buscamos diminuição de impostos progressivos, mas não ter nesse momento aumento de impostos e de carga tributária é primordial”, disse.

Banco Central Europeu

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou nesta sexta-feira (18) que irá permitir que bancos da zona do euro continuem excluindo depósitos mantidos em BCs do cálculo de seu índice de alavancagem até março do próximo ano.

A medida de alívio, que foi concedida em setembro de 2020, iria vencer originalmente em 27 de junho. Nesta semana, rumores já haviam circulado de que o BCE estenderia o benefício.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quinta-feira (17), o dólar encerrou o pregão em queda de 0,74%, negociado a R$ 5,02.

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Rafaela La Regina

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