Dividendos: entenda se essa estratégia é para você ao montar uma carteira de renda passiva

Os dividendos representam uma das formas mais comuns de renda passiva e costumam estar no radar dos investidores, haja visto a novela recente envolvendo os proventos extraordinários da Petrobras (PETR4), por exemplo. Mas você sabe se essa é a melhor estratégia para você e como montar uma carteira com esse objetivo?

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Um dos primeiros passos para o investidor iniciante que busca obter uma renda passiva no futuro é entender qual é o seu perfil.

“É extremamente importante entender o perfil de risco. Para investidores com perfil de baixo risco, por exemplo, o produto mais indicado é o Tesouro Direto, com pagamentos semestrais. Já para perfis de maior risco, há opções com pagamento de proventos recorrentes e mensais, como os Fundos Imobiliários”, explica Rafael Ohmachi, gestor da RB Asset.

Além disso, é importante ter em mente que o investimento visando renda passiva é feito a longo prazo. Nesse sentido, a diversificação também pode ajudar.

“A diversificação entre ativos de maior e menor risco, por exemplo, tende a dar muitos frutos e diminuir a volatilidade. Mas, antes, o investidor precisa se educar sobre o mercado e entender mais sobre os gestores dos fundos nos quais pretende investir, a fim de olhar menos para rendimento no curto prazo e buscar a renda passiva a longo prazo”, afirma Marcos Freitas, sócio e CIO da AZ Quest Panorama.

Quais são as vantagens da estratégia de dividendos?

“Fazer o dinheiro render e ter uma recorrência de pagamentos, sem a necessidade do acompanhamento diário da carteira, além de diversificação de ativos/produtos, resultando em um portfólio variado e volatilidade reduzida”, opina Ohmachi.

“A principal vantagem é o crescimento do patrimônio de forma constante e com pouco risco na carteira. Com paciência e sabendo que haverá solavancos no meio do caminho, o investidor pode obter crescimento significativo do seu patrimônio a longo prazo”, completa Freitas.

Há desvantagens no investimento visando renda passiva?

“A desvantagem é que não é a estratégia mais assertiva para quem espera ganhos expressivos de curto prazo”, pondera Freitas.

“A principal desvantagem é a questão da moderação do risco. Ou seja, o cliente tem que estar ciente dos riscos a serem incorridos em cada tipo de produto/estratégia em que se está aplicando”, diz Ohmachi.

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Como montar uma carteira de dividendos?

Como citado anteriormente, os Fundos Imobiliários (FIIs) são uma boa alternativa para quem busca receber dividendos. E, para escolher o FII mais adequado para a sua carteira, é importante entender a estratégia do fundo e olhar indicadores como o dividend yield, por exemplo, índice que mede a rentabilidade de dividendos de uma empresa ou fundo em relação ao preço de suas ações ou cotas.

“Nosso principal veículo para investimento imobiliário hoje é o AZ Quest Panorama Crédito Imobiliário FII (AZPR11), que foca em dar crédito a empreendimentos de médio e alto padrão na cidade de São Paulo”, diz Marcos Freitas, sócio e CIO da AZ Quest Panorama.

Em março, o fundo citado por Freitas pagou R$ 0,087 por cota em dividendos, o que corresponde a um yield anualizado de 11,69%.

Já Rafael Ohmachi, gestor da RB Asset, cita o RB Capital I Fundo de Fundos, o RFOF11, que tem uma carteira diversificada entre ativos e setores, equilibrando a exposição por fator de risco.

“O RFOF11 é um FoF, ou seja, Fundo de Fundos de Fundos Imobiliário, com track record desde 2018, oferecendo performance consistente, gestão ativa e rigoroso processo de investimento. Um dos pontos principais é a terceirização da gestão para um profissional ativo que traz uma carteira equilibrada”, afirma.

Os últimos dividendos anunciados pelo fundo foram de R$ 0,74 por cota, o que corresponde a um yield anualizado de 11,36%.

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Guilherme Serrano Silva

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