Dinheiro digital: diretora do FMI diz que dólar deve seguir como moeda de reserva

O dólar deve seguir como moeda de reserva internacional por pelo menos os próximos dez anos, conforme informou a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.

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A dirigente do FMI foi questionada sobre o tema durante evento virtual, no qual defendeu que o dinheiro digital mais seguro serão as moedas digitais de bancos centrais (CBDC, na sigla em inglês).

Georgieva disse que pode ser que tenhamos em nossas “carteiras” dinheiro digital, o tradicional ou, “provavelmente”, um mix dos dois, mas previu que a força da economia dos Estados Unidos – e sua capacidade de inovação – devem garantir a manutenção do importante papel do dólar na economia global.

Segurança

Ao afirmar que o dinheiro digital mais seguro serão as moedas digitais de bancos centrais, Kristalina Georgieva disse que as CBDCs serão confiáveis devido à regulação e ao lastro governamental.

“É uma revolução devido à enorme oportunidade de melhorar os sistemas de pagamento”, declarou.

Na visão de Georgieva, diante do surgimento de diversos ativos digitais, há “muito trabalho” para os órgãos reguladores, que precisam proteger os consumidores e a economia como um todo. Ela mencionou riscos de lavagem de dinheiro e ataques cibernéticos com moedas que não são reguladas, como o bitcoin.

A diretora do FMI, ao destacar também a volatilidade do bitcoin, considerou arriscada a decisão do governo do El Salvador de adotar a criptomoeda como referência nacional.

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FMI anuncia reformas na estrutura de empréstimos para países pobres na pandemia

O Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou nesta quinta-feira (22) uma série de reformas na estrutura de empréstimos. O objetivos é apoiar países de baixa renda em meio à pandemia de Covid-19.

De acordo com o FMI, as reformas preveem um acréscimo de 45% nos limites para acesso ao crédito por esses governos, além da manutenção dos juros dessas operações em 0%.

No ano passado, o empréstimo a países pobres aumentou mais de 8 vezes na comparação com o período de 2017 e 2019 e deve continuar crescendo, segundo o FMI.

Para ajudar a financiar as reformas, o FMI buscará cerca de US$ 18 bilhões entre países membros, além de US$ 4 bilhões em subsídios para apoiar os juros a 0%. O Conselho ainda discutiu possíveis soluções para fortalecer sua estrutura de financiamento e chegou a debater uma possível venda das reservas de ouro do Fundo.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Rafaela La Regina

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