Desemprego no Brasil sobe com demissões de funcionários temporários
No trimestre encerrado em fevereiro, a taxa de desemprego no Brasil foi de 12,4%, em média. O índice subiu ante o trimestre anterior, quando a taxa era de 11,6%. Foram 13,1 milhões de desempregados, alta de 7,3% sobre o os três meses anteriores.
O motivo da alta da taxa de desemprego, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, foi o número de demissões temporárias, costumeiras no período. Além disso, houveram significativas demissões nas áreas da saúde e educação das prefeituras.
Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o resultado foi considerado estável, pois o índice de desemprego, naquele momento, foi de 12,4%.
A última vez que o número de desempregados esteve na casa dos 13 milhões foi no trimestre encerrado em maio de 2018.
Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. Tal pesquisa baseia-se não apenas nos trimestres tradicionais, mas também nos móveis.
Saiba mais – Fôlego para a PEC da Previdência: entenda como a crise foi amenizada
Recorde de população fora da força de trabalho
A população fora da força de trabalho bateu o recorde no trimestre encerrado. Foram 65,7 milhões de pessoas que não estavam trabalhando ou procurando emprego.
O total é 0,9% maior, ou 595 mil pessoas, do que no trimestre encerrado em novembro. Na comparação com o mesmo período de 2018, houve alta de 1,2%, ou 754 mil pessoas.
Recorde de população subutilizada
A população subutilizada somou 27,9 milhões de pessoas em fevereiro deste ano, mais um recorde na série histórica.
A alta ante novembro de 2018 foi de 3,3%, ou 901 mil pessoas. Sobre o mesmo trimestre do ano passado, o avanço foi de 2,9%, ou 795 mil pessoas.
A população subutilizada une aqueles que:
- trabalham menos do que poderiam;
- que não procuraram emprego, mas estavam disponíveis para trabalhar;
- ou aqueles que procuraram emprego, mas não estava disponíveis para a vaga.
Recorde de população desalentada
O número de pessoas desalentadas também foi recorde. Foram 4,9 milhões, ou 4,4% da população total.
Pessoas desalentadas são aquelas que desistiram de procurar emprego.
População ocupada diminui
A população ocupada caiu de 1,1% (1,062) a 92,1 milhões ante os três meses anteriores. Na comparação com o mesmo período de 2018, houve acréscimo de 1,1% ou 1,036 milhão de pessoas.
Saiba mais – IBGE: desemprego chega a 12% em janeiro
Rodrigo Maia cita desemprego no País
Após almoçar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o chefe dos deputados, Rodrigo Maia, citou o número de desempregados no País, na última quinta-feira (28).
A reunião entre ambos e outros parlamentares teve intuito de apaziguar os ânimos no cenário político brasileiro, que estava conturbado. Isto pois a articulação para aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma da Previdência foi motivo para troca de farpas entre Maia e o presidente da República, Jair Bolsonaro.
“Vamos colocar esse trem nos trilhos para que a gente possa caminhar com velocidade. Em uma velocidade que os 12 milhões de desempregados esperam“, disse Maia, falando do desemprego no País.
