Déficit pode superar R$ 800 bilhões nesse ano, segundo Mansueto

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou nessa quinta-feira (18) que o déficit do governo pode superar R$ 800 bilhões em 2020. O secretário ainda comentou sobre a última estimativa oficial do Ministério da Economia que projetava um rombo primário de R$ 708,7 bilhões. Mansueto considerou como ‘otimista’ uma projeção próxima aos R$ 700 bilhões.

Vale destacar que economistas, bem como a Instituição Fiscal Independente (IFI), já preveem que o déficit supere R$ 900 bilhões esse ano.

Além disso, o secretário do Tesouro reforçou a importância de manter o comprometimento com o teto de gastos. Para Mansueto, “está fora de cogitação” flexibilizar o mecanismo.

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O economista destacou que “se o governo não conseguir resistir à pressão (contra o teto), isso pode elevar juro, risco-país, aumentar período de restrição, carga tributária”.

Já sobre os gastos emergenciais adotados devido a pandemia de coronavírus (Covid-19), ele salientou que o teto não possibilita que sejam mantidos no ano que vem. Segundo o secretário, os custos das medidas emergenciais devem ser inclusos no Orçamento para que possam continuar em 2021, bem como devem ser compensados.

Além disso, sobre a crise atual, causada pela pandemia, ele destacou que “não sabemos quais empresas vão sobreviver e como será comportamento de consumidor”.

Economistas preveem déficit primário do governo central a R$708,8 bi

projeção do rombo primário do governo central nesse ano foi piorada e o saldo negativo deve chegar a R$ 708,8 bilhões, de acordo com economistas ouvidos pelo Ministério da Economia. Em maio, a projeção era de R$ 571,4 bilhões. O Prisma Fiscal foi divulgado na última sexta-feira (12).

Saiba mais: Economistas preveem déficit primário do governo central a R$708,8 bi

A previsão mais recente é resultado do crescimento das despesas do governo frente aos impactos da crise causada pelo novo coronavírus (Covid-19). A meta para o governo central em 2020 é que o déficit fique em R$ 124,1 bilhões, entretanto, devido ao estado de calamidade pública, o governo foi desobrigado a cumprir esse marco.

Laura Moutinho

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