Dasa (DASA3) despenca 40% após definir preço de follow on a R$ 58

A Dasa (DASA3) opera em queda livre na manhã de hoje depois de precificar a sua oferta subsequente de ações (follow on), a R$ 58. O papel chegou a cair mais de 45%, mas às 11h20 caía quase 40%, negociada a R$ 86,50.

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As novas ações, que começam a ser negociadas na B3 (B3SA3) apenas amanhã, fazem peso no preço dos papéis ordinários da Dasa, que encerraram essa terça-feira (6) negociados a R$ 144,01.

“O preço de emissão de R$ 58 impacta as outras ações, que vinham em um movimento interessante. Essa diferença de preços, entre os ativos já negociados e a nova emissão, causa a desvalorização. A Dasa abre o leilão a R$ 72, uma queda forte, que pode seguir até por volta dos R$ 58”, afirma Marcio Loréga, analista técnico da Ativa Investimentos.

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As ações que já eram negociadas, cerca de 2,5% total do capital da Dasa, andam agora para encontrar um equilíbrio de preços com a nova emissão – de 57 milhões de papéis. “As ações caminham para um ajuste entre o preço de fechamento de ontem e a precificação”, diz Regis Chinchila, analista da Terra Investimentos.

A companhia tem agora mais de 10% do seu número total de ações (de 537,8 milhões) negociadas na B3, o que aumenta também a oferta.

Precificação de oferta da Dasa ficou abaixo do centro da faixa indicativa

Além da diferença dos preços das ações que já circulavam e as novas, o mercado avalia também o desempenho da oferta da Dasa, que ficou abaixo do centro da meta: isso após a empresa ter aceitado um desconto de cerca de 10,6% da faixa indicativa original. “A oferta não teve tanta atratividade para o mercado”, diz Chinchila

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O valuation mais magro vem meio a uma chuva de volatilidade que assola o mercado. O mar revolto já afogou os planos de 18 empresas, incluindo Agrogalaxy, W2W, dona da marca Wine, e Kalunga, de realizarem uma oferta pública iniciais de ações (IPO).

“O preço veio bem abaixo da expectativa. Só para ter uma ideia, no prospecto preliminar a ideia de preço era de R$ 64,90 e R$ 84,50, e saiu por R$ 58. Não conseguiram nem colocar a oferta secundária, sendo que tinha acionista interessado em vender participação. Veio muito abaixo do que eles esperavam”, completa o analista da Terra Investimentos.

Com o preço a esse patamar, a família Bueno, controladora da Dasa e fundadora do grupo Amil, investiu mais R$ 500 milhões na oferta para não ser diluída. O plano, segundo comentários, é mostrar que  há comprometimento com o longo prazo e dizer que o fundamento da companhia é melhor do que aquilo que o mercado aceita pagar neste momento.

A totalidade dos recursos líquidos provenientes da oferta primária, serão destinados para o crescimento orgânico e inorgânico, pagamento referente à aquisição do Grupo Leforte e capital de giro para os negócio da Dasa, incluindo investimento em novos produtos e pesquisa.

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Vitor Azevedo

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