CVM suspende oferta realizada via plataforma de crowdfunding Divi Hub

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) suspendeu nesta segunda-feira (12) uma oferta pública de emissão de Sociedade em Conta de Participação (SCP) que tinha como sócio ostensivo a SPE Metaforando Ltda. A oferta estava sendo realizada por meio da plataforma de crowdfunding Divi Hub.

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A Superintendência de Supervisão de Securitização (SSE) da CVM explicou que a ofertante não atendeu aos requisitos necessários para esse tipo de oferta. Desta forma, determinou a imediata suspensão da captação por até 30 dias. Caso a irregularidade não seja corrigida, a CVM poderá cancelar a oferta em definitivo.

A Divi Hub deverá enviar comunicação para cada investidor que já tenha confirmado o investimento, permitindo a possibilidade de revogação do investimento até o quinto dia útil após o recebimento dessa informação.

A superintendência também determinou que a plataforma publique imediatamente um comunicado ao mercado, informando a decisão da suspensão.

De acordo com a CVM, o ofertante não é considerado como sociedade empresária de pequeno porte (pela Instrução CVM 588), pois as SCP não são registradas em registro público. A CVM detalhou que o relatório de audiência pública SDM 06/2016, que deu origem à Instrução CVM 588, esclarece o requisito que a oferta não cumpre:

“A exigência de registro nas juntas comerciais tem a finalidade de excluir tipos societários de natureza contratual, notadamente a sociedade em conta de participação (“SCP”). Esse tipo societário oferece riscos demasiadamente altos para os investidores como, por exemplo, uma separação patrimonial clara entre o patrimônio da sociedade e dos sócios e a falta de formalização da sociedade, o que aumenta muito a chance de fraudes”.

CVM abre processo para avaliar disputa de Smart Fit com minoritários

De acordo com o Valor Econômico, a CVM abriu processo para avaliar por qual motivo a Smart Fit (SMFT3), não informou ao mercado sobre a disputa que trava na Justiça com os sócios.

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Os acionistas minoritários da empresa, que brigam na Justiça, entendem ter o direito de participar da oferta e, por esse motivo, solicitaram o bloqueio de parte das ações.

Os sócios haviam solicitado à CVM providências porque o documento não mencionava a briga. Eles também afirmam que existem supostas irregularidades no caixa da empresa, incluindo balanço inflado. Em resposta à autarquia, a Smart Fit afirmou que a briga na Justiça não influencia na capacidade de decisão dos investidores.

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Arthur Guimarães

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