Grana na conta

CVM condena administradores da RJCP por manipulação de mercado

Comissão de Valores Mobiliários (CVM) condenou em decisão unânime cinco administradores da RJCP Equity S.A. por manipulação de preços e falta de dever de diligência. As multas aplicadas são de R$ 800 mil, além de inabilitações que chegam a 240 meses.

De acordo com o portal “Jota”, a Superintendência de Relações com Empresas (SEP) da CVM acusou pelas irregularidades, os diretores da RJCP:

  • Marcelo Impellizieri de Moraes Bastos;
  • Ricardo Bueno Saab;
  • e Sílvio Teixeira de Souza Junior.

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Além dos diretores, os conselheiros Marcelo de Magalhães Gomide e João Luiz Carvalho de Castilho.

Conforme a SEP, com o objetivo de elevas o preço das ações, a cúpula da companhia realizava operações de compra e venda de valores mobiliários após:

  • publicações em redes sociais;
  • divulgação de fatos relevantes;
  • e notas à Imprensa.

O diretor-relator do processo administrativo sancionador no colegiado da CVM, Henrique Machado, avaliou que a manipulação realizada pelos administradores da RJCP Equity S.A aconteceu “por meio de um esquema longevo e consistente”.

Investigação da RJCP feita pelo SEP da CVM

Ainda segundo Machado, os atos preparatórios da operação tem data anterior à obtenção do registro da RJCP como empresa de capital aberto, em 2013.

Em 2010, por exemplo, os administradores da RJCP elevaram o capital social da empresa de R$ 1 mil para R$ 420 mil em operações societárias. A sociedade fora feita com empresas controladas que não detinham qualquer capacidade operacional.

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Após a estreia na B3, a empresa passou a aumentar ainda mais seu capital, com a integração de diversos terrenos. O SEP alega que tais terrenos seriam sobrevalorizados.

Após as operações societárias, Marcelo Impellizieri, então o presidente da RJCP, tornou-se titular de 600 milhões de ações. Cada uma com o suposto valor teórico de R$ 0,56.

“Isso significa um patrimônio de R$ 336 milhões, após um investimento de cerca de apenas R$ 200 mil na RJCP. Sem que a empresa tivesse desenvolvido qualquer ideia ou projeto”, assinalou o relator da CVM em seu voto.

Amanda Gushiken

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