CSN (CSNA3) vence leilão de geradora de energia CEEE-G, com oferta de R$ 928 mi

A CSN (CSNA3) venceu nesta sexta-feira (29) o leilão de privatização da geradora de energia elétrica gaúcha CEEE-G. A empresa quer diversificar os negócios e reforçar o fornecimento de eletricidade às suas próprias operações.

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A siderúrgica disputou a CEEE-G por meio da Companhia Florestal do Brasil, com a Auren Energia (AURE3), do grupo Votorantim e do CPPIB, e ganhou uma bateria de quase 20 lances feito por viva voz ao ofertar R$ 928 milhões – com ágio de 10,93% sobre o preço mínimo de R$ 836,9 milhões de reais definido em edital.

A CSN vai pagar ainda uma outorga de R$ 1,66 bilhão à União pela renegociação dos contratos de venda de energia das hidrelétricas da CEEE-G.

De acordo com a apuração da Agência Reuters, inicialmente a CSN tinha planos de entrar em consórcio com a francesa EDF, mas a parceira acabou desistindo de última hora de participar do processo.

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“Além da autossuficiência e controle de custo, a CEEE-G será uma importante plataforma de desenvolvimento de novos projetos de geração de energia, além de consolidar importantes sinergias com as aquisições das PCHs Sacre II e Santa Ana e UHE Quebra Queixo anunciadas recentemente”, disse, em nota.

No começo de julho, a CSN adquiriu uma hidrelétrica em Santa Catarina por R$ 427,5 milhões, com o objetivo de garantir oferta de energia renovável.

CSN (CSNA3) estuda oferta pela Samarco; Vale (VALE3) e BHP dizem que empresa “não está à venda”

CSN (CSNA3) demonstrou recentemente interesse em adquirir a mineradora Samarco, joint venture da Vale (VALE3) e BHP. De acordo com uma apuração realizada pela Bloomberg, a Companhia Siderúrgica Nacional chegou até contratar a consultoria RK Partners com o objetivo de construir uma estratégia para a tentativa de compra da mineradora.

O plano, de acordo com a agência de notícias, era que a CSN realizasse uma oferta base pela Samarco para que outros possíveis compradores não tivessem a capacidade de oferecer valores inferiores ao auferido.

A oferta seria então apresentada ao juiz do tribunal de falências que supervisiona a reestruturação da dívida da mineradora, disseram duas pessoas com conhecimento do assunto à Bloomberg.

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Contudo, as proprietárias da Samarco se manifestaram em comunicado sobre o interesse da CSN em comprar o ativo, afirmando o desinteresse em colocar a companhia à venda.

“Ambos acionistas estão focados nos preparativos para a audiência de conciliação amanhã e em garantir a sustentabilidade da Samarco e sua responsabilidade com os esforços de reparação, que não são endereçados pelo plano dos credores”, afirmaram as empresas em nota.

As duas empresas reafirmaram o apoio ao plano de reestruturação da Samarco, que foi protocolado pelos sindicatos de empregados da empresa e outros credores em 18 de maio.

Em 2015, a Samarco ficou impossibilitada de pagar suas dívidas após o rompimento da barragem de resíduos que deixou 19 pessoas mortas e destruiu duas vilas em Mariana, Minas Gerais.

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Desde então, as operações da companhia foram detidas< A partir do final de 2020 foram parcialmente reiniciadas.

Especialistas acreditam que qualquer proposta que coloque em risco o controle sobre as operações da mineradora pode ser barrada pelos acionistas, que têm o compromisso de pagar pelos danos causados à comunidade.

De acordo com as informações listadas no pedido de recuperação judicial da companhia, realizado em abril do ano anterior, a Samarco – que a CSN pretende adquirir – registrou cerca de R$ 50 bilhões em dívidas inadimplentes.

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Victória Anhesini

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