Após braço de mineração, CSN (CSNA3) apostará em negócio de cimento

A partir desta segunda-feira (1), a CSN Cimentos começa a operar como uma empresa independente, se descolando, pelo menos em parte, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3). A separação da cimenteira da controladora, segundo o jornal Valor Econômico, é o primeiro passo desse braço em direção à abertura pública inicial de capital (IPO). 

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O diretor-presidente (CEO) da CSN, Benjamin Steinbruch, aderiu aos IPOs como forma de captação de capital ao invés do endividamento, buscando formas para sustentar as expansões da companhia e as suas novas frentes de negócios.

A estreia da CSN Mineração está marcada para o próximo dia 18. A precificação da oferta deve acontecer já no dia 12, e o esperado é que fique próxima a US$ 1 bilhão. Cerca de 30% das ações serão ofertadas de forma primária e os 70% restantes serão divididos em partes da própria companhia e dos demais sócios. O braço de mineração pode chegar à bolsa com um valor de R$ 63 bilhões.

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A CSN pretende consolidar seu caixa e diminuir sua dívida líquida, que era, no fim do terceiro trimestre de 2020, de R$ 30 bilhões. A previsão é que no final do quarto trimestre este valor fique próximo a R$ 25 bilhões. Para o fim de 2021, a siderúrgica pretende diminuir a dívida para R$ 15 bilhões.

CSN Cimentos deve surfar em bom momento de mercado

Apesar de não existir um prazo certo para o IPO do braço de cimentos, a avaliação da CSN é que esse ramo deve, nos próximos anos, se beneficiar de um forte consumo no país puxado por obras imobiliárias e de infraestrutura. Com o auxílio emergencial de 2020, as vendas de cimento no Brasil avançaram 11%.

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Para 2021, as projeções são diminutas. O Sindicato Nacional da Indústria do Cimento, SNIC, espera crescimento de 1% no ano. A CSN, no entanto, vai mais longe e espera que o setor avance 6,5%, alcançando um volume vendido de 64,7 milhões de toneladas. Até 2025, a companhia vê 84 milhões de toneladas de cimento sendo comercializadas por ano no Brasil.

A CSN Cimentos, até agora, consegue produzir 4,7 milhões de toneladas por temporada, mas espera aumentar esse número e não descarta o crescimento inorgânic. Fontes do jornal afirmam que há a perspectiva da CSN Cimentos adquirir uma dentre as 24 fabricantes do produto, entre nacionais e estrangeiras, para se tornar mais robusta antes de ir à B3.

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Vitor Azevedo

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