Cruzeiro do Sul (CSED3) precifica oferta de ações abaixo do piso e capta R$ 1,23 bi

A Cruzeiro do Sul (CSED3), grupo privado de ensino superior, precificou sua oferta inicial de ações (IPO) em R$ 14, abaixo da faixa indicativa, que ia de R$ 16,40 a R$ 19,60. Ao total, a movimentação levantou R$ 1,23 bilhão.

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Desses, R$ 1,07 bilhão vão para o caixa da Cruzeiro do Sul, por ter sido angariado através de uma oferta primária, com a emissão de novas ações. Os outros R$ 160,65 milhões irão para sócios que venderam parte de suas fatias na empresa. Não houve oferta de lotes adicional ou suplementar.

A Cruzeiro do Sul pretende utilizar 90% do dinheiro que entrou no caixa para realizar fusões e aquisições e os 10% restantes para investir no crescimento orgânico. Em 2019, a empresa já havia avançado no processo de crescimento inorgânico ao adquirir o Grupo Positivo e a Universidade Braz Cubas.

O quadro societário antes da oferta era formado por 43,5% do Archy LLC, fundo soberano de Cingapura, 28,3% do FIP D2HFP, da família Figueiredo, e 28,3% do FIP Alfa 7, da família Padovese. Agora a estrutura é composta por:

  • 34,76% do Archy LC
  • 22,60% do FIP D2HFP
  • 22,60% do FIP Alfa 7
  • 23% de ações em circulação

Foram ofertadas, de forma primária, 76,5 milhões de ações, que se somam às 305 milhões já existentes anteriormente de posse dos sócios. A venda foi destinada a pessoas físicas, jurídicas e a clube de investimentos.

Sobre a Cruzeiro do Sul

Fundada em 1965, por Hermes Figueiredo e Gilberto Padove, a Cruzeiro do Sul é o quarto maior grupo privado de ensino superior Brasil. Além da faculdade que leva o nome da companhia, ela é dona de marcas como a Unicid, a UDF, Módulo, Universidade Positivo e Braz Cubas.

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Em 2020, nos três primeiros trimestres do ano, a Cruzeiro do Sul registrou uma receita de R$ 1,3 bilhão, crescendo 20% na comparação com este mesmo intervalo de 2020. No entanto, a empresa registrou prejuízo líquido de R$ 78,4 milhões no período, reverto o lucro do ano anterior.

A Cruzeiro do Sul estreia na B3 (B3SA3) nesta quinta-feira (11). Os acionistas da companhia se comprometeram a não vender mais ações por 180 dias, prazo vigente até agosto, para não desvalorizar os papéis negociados na bolsa. Não há clausulas neste sentido para quem adquiriu papéis na oferta inicial.

A oferta da Cruzeiro do Sul foi coordenada pelo BTG Pactual, Bradesco BBI, Bank of America e Santander.

 

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Vitor Azevedo

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