Credit Suisse pode ter demissão em massa de metade dos funcionários

O UBS, que comprou o Credit Suisse há poucos meses, planeja cortar metade da força de trabalho do banco suíço, segundo informações da Bloomberg.

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Atualmente a força de trabalho do Credit Suisse, globalmente, é composta por um volume de 45 mil funcionários.

Os cortes devem afetar bankers, traders e equipe de suporte do banco de investimento do Credit Suisse em Londres, Nova York e em algumas partes da Ásia, com quase todas as atividades em risco.

Os cortes são por conta de um panorama que fez com que, após a compra do Credit Suisse, a força de trabalho combinada do UBS passasse a ser de 120 mil funcionários.

O banco, assim, pretende fazer uma economia de US$ 6 bilhões em custos pessoais nos próximos anos.

A expectativa é de que, assim, o banco faça um corte total de 35 mil funcionários.

UBS e governo da Suíça assinam acordo de proteção contra perdas na compra do Credit Suisse

O UBS afirmou em comunicado que assinou um acordo com o governo suíço, que se tornará efetivo na conclusão da compra pelo banco do seu concorrente Credit Suisse.

O UBS ficará responsável pelos primeiros 5 bilhões de francos suíços em perdas potenciais no negócio, e o governo cobrirá os 9 bilhões de francos suíços seguintes em perdas potenciais realizadas.

O UBS diz que gerenciará os ativos de maneira “prudente e diligente”, a fim de minimizar perdas.

O banco também informa que cobrirá os custos iniciais e os custos externos em andamento no negócio.

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UBS suspende recompra de ações

O UBS decidiu suspender o seu plano de recompra de ações após o anúncio da compra do rival Credit Suisse por 3 bilhões de francos suíços, cerca de US$ 3,25 bilhões.

A política de distribuição de dividendos do banco, porém, será mantida intacta, segundo o chairman do UBS, Colm Kelleher.

“É um dia histórico. Na Suíça é um dia que, francamente, esperávamos que não viesse”, disse ele, ao iniciar teleconferência com analistas para comentar a compra do Credit Suisse, neste domingo.

Kelleher reforçou que, a despeito da aquisição do Credit, o UBS segue “firmemente comprometido” com sua estratégia de crescimento orgânico.

Ele afirmou que vários eventos nas últimas semanas instaram o UBS a considerar uma aquisição do Credit Suisse, motivada por órgãos reguladores da Suíça, para preservar a estabilidade financeira global.

Como consequência à aquisição, ele anunciou que no curto prazo, resultará na suspensão temporária de programa de recompra de ações do UBS. “Embora nossa política progressiva de dividendos permaneça intacta”, acrescentou o chairman do banco.

Kelleher afirmou ainda que, embora o UBS não tenha iniciado as discussões com o Credit Suisse, o banco considera a transação “financeiramente atraente” para os seus acionistas.

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Eduardo Vargas

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