CPI dos EUA sobe 0,4% em abril; taxa anual desacelera a 4,9%

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 0,4% em abril ante março, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quarta (10) pelo Departamento do Trabalho. O resultado ficou em linha com a mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast.

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O núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, também avançou 0,4% na comparação mensal, em linha com a projeção.

Na comparação anual, o índice cheio do CPI dos EUA subiu 4,9% em abril, desacelerando levemente em relação ao ganho de 5,0% de março e abaixo da projeção, que previa acréscimo de 5,0%.

Já o núcleo do CPI teve incremento anual de 5,5% no mês passado, em linha com o consenso do mercado e recuando levemente ante o avanço de 5,6% de março.

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CPI dos EUA: O que os números mostram?

Na visão de Marcelo Oliveira, sócio-fundador da Quantzed, os dados do CPI dos EUA vieram em linha com o esperado pelos agentes econômicos: “O mercado americano reage positivamente com S&P e Nasdaq subindo com investidores à espera agora de uma manutenção dos juros pelo Fed [Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos], já que não houve surpresas negativas nos números. Ibovespa segue em linha acompanhando o otimismo do exterior, seguindo no positivo”.

“Os dados de março do Payroll que foram revisados para baixo também agradaram o mercado. Com isso e com esses dados do CPI vindo em linha, o mercado espera uma manutenção de juros nos EUA pelo Fed na próxima reunião”, projeta Oliveira.

Gabriel Ribeiro, especialista do Braza Bank, reforça que o dólar opera em queda após a divulgação dos números da inflação dos Estados Unidos.

“Com o dado em linha do esperado, a preocupação de novos aumentos bruscos de juros por lá diminui, o que contribui para o cenário positivo interno no câmbio e no DI futuro. Mesmo com o tom considerado mais ‘hawkish’ por parte do BC, é uma sinalização de que o fim do aperto monetário pode estar próximo”, complementa o profissional ao analisar os números do CPI dos EUA.

Com Estadão Conteúdo

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Erick Matheus Nery

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