Coty Brasil, dona da Risqué, pede registro para IPO

A Coty Brasil Comércio, empresa de cosméticos dona da Risqué, protocolou nesta quinta-feira (26) seu pedido de Oferta Inicial de Ações (IPO na sigla em inglês).

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O IPO da Coty contará com uma oferta primária — quando os recursos vão para o caixa da empresa — e secundária — quando os atuais investidores vendem participações.

A companhia pretende utilizar os recursos líquidos da oferta primária para expansão da área digital, com aceleração do e-commerce e marketing digital; e desenvolvimento de produtos e marketing das categorias de beleza e cuidados pessoais.

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O acionista que venderá ações para a oferta secundária é a Coty B.V, que possui 99,99% da empresa, enquanto o HFC Prestige International tem o 0,01% restante.

A operação será coordenada pelo Bank of America Merrill Lynch (líder), o Banco Itaú BBA e o Banco Santander.

Simultaneamente, serão também realizados esforços de colocação das ações no exterior pelo BofA Securities, Inc., pelo Itaú BBA USA Securities, Inc. e pelo Santander Investment Securities Inc.. A operação, no entanto, não admite distribuição parcial no âmbito da oferta, o que pode levar a mesma a ser cancelada.

Entre os fatores de risco, a empresa menciona o surto de doenças transmissíveis em todo o mundo, como a pandemia do coronavírus, que pode levar a uma maior volatilidade no mercado de capitais global e resultar em pressão negativa sobre a economia mundial, Isso inclui a economia brasileira, impactando o mercado de negociação das ações de emissão da empresa.

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A Coty Brasil é a subsidiária brasileira da multinacional de beleza Coty, dona das marcas Monange, Bozzano, Biocolor, Risqué e Cenoura e Bronze.

Balanço da Coty

No primeiro semestre de 2021 a empresa registrou receita líquida de R$ 604,5 milhões, com crescimento de 15,2% sobre o mesmo período de 2020, com o segundo trimestre de 2021 apresentando um crescimento de 35,5% sobre o mesmo período de 2020.

Segundo a Coty, o desempenho se sustenta pelo ganho de participação de mercado com inovações de produtos e disciplina na execução do ponto de venda, aliado a menores restrições de circulação e consumo impostas pela covid-19.

O lucro bruto do primeiro semestre de 2021 foi de R$ 237,6 milhões com uma margem bruta de 39,3%, abaixo do período anterior devido ao impacto da desvalorização cambial e aumento das commodities nos custos, impactos que vem sendo gradualmente recompostos por revisão de preços dos produtos.

O lucro líquido fechou em R$ 80,7 milhões, um aumento de R$ 23,4 milhões ante o primeiro semestre de 2020, suportado pelo ganho de receita e racionalização de despesas operacionais, porém com incremento nas despesas de marketing notadamente no segundo trimestre de 2021 para estimular o crescimento do negócio.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Coty  fechou em R$ 116,3 milhões, R$ 16,2 milhões acima do mesmo período do ano anterior, com uma margem Ebitda de 19,2%.

Com informações do Estadão Conteúdo.

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Laura Moutinho

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