Correios e Eletrobras (ELET3) devem estar disponíveis para privatizar no 1º semestre de 2022

Presidente do BNDES, Gustavo Montezano, disse que quer realizar as operações de privatização ainda no começo do próximo ano.

O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, estimou a privatização da Eletrobras (ELET3) e dos Correios para o primeiro semestre de 2022, nesta quarta-feira (04). Montezano também disse que a concretização das vendas depende do “apetite de mercado” para realizá-las no “preço correto” no próximo ano.

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Em palestra durante o TAG Summit 2021, evento online promovido pela gestora TAG Investimentos, o presidente do BNDES defendeu as duas privatizações, da Eletrobras e dos Correios.

No caso da Eletrobras, mais importante do que os valores que o Tesouro Nacional levantará com a capitalização da companhia de energia, será dar condições à empresa para voltar a investir no setor elétrico.

Já para os Correios, Montezano disse esperar maior eficiência na logística interna. Segundo o executivo, o comércio eletrônico poderá sair ganhando, especialmente com as pequenas empresas, já que os gigantes do setor têm investido em sistemas próprios de entrega.

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O Mercado Livre (MELI34), por exemplo, investiu cerca de R$ 10 bilhões em logística nos últimos meses, disse Montezano.

“O principal beneficiado com a privatização dos Correios é a pequena e média empresa que vende por comércio eletrônico”, afirmou o presidente do BNDES.

Carteira leve sem Correios e Eletrobras

Montezano defendeu a estratégia de vender a carteira de participações acionárias da instituição de fomento. Ele disse que encontrou o banco com uma carteira de R$ 120 bilhões, diante de um patrimônio de R$ 100 bilhões.

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“Como vamos gerir um banco de desenvolvimento cuja carteira de ações é maior do que o patrimônio? É muito arriscado”, afirmou Montezano.

Desde que assumiu o comando do BNDES, em julho de 2019, Montezano disse ter vendido entre R$ 65 bilhões a R$ 70 bilhões da carteira de ações.

Atualmente, o portfólio do BNDES está em cerca de R$ 70 bilhões, diante de um patrimônio de R$ 120 bilhões, informou o presidente. “Ainda é elevado, mas o risco está mais mitigado”.

A meta colocada pela gestão de Montezano, ainda em 2019, era reduzir a carteira de ações em 80% até o fim de 2022.

As estimativas para a privatização da Eletrobras e dos Correios é de arrecadação de R$ 100 bilhões e R$ 14 bilhões, respectivamente.

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Com informações do Estadão Conteúdo. 

Monique Lima

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