Coronavírus: imunidade à doença pode durar anos, segundo estudo

De acordo com um estudo publicado na Nature, conceituada revista científica britânica, uma vez adquirida a imunidade para o novo coronavírus (Covid-19), o corpo humano poderá ficar protegido contra a doença por anos. A pesquisa foi publicada na última quarta-feira (15).

Ao longo das últimas semanas, alguns estudos demonstraram que a imunização contra o coronavírus pode ser curta, com os anticorpos sumindo após algumas semanas. Caso tal entendimento se confirme, esse será mais um dos desafios que os laboratórios que procuram desenvolver uma vacina enfrentarão.

Além disso, isso imporia dúvidas acerca da possibilidade de uma “imunização de rebanho”, quando 60% das pessoas já estão imunizadas, que tais empresas especializadas estão procurando.

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Nesse sentido, uma pesquisa divulgada pelo King’s College, de Londres, na última segunda-feira (13), disse que os níveis de anticorpos contra a Covid-19 atingem seu patamar mais alto cerca de 20 dias após o início dos sintomas, mas que caem rapidamente nas semanas posteriores.

O estudo apresentado pela Nature, entretanto, diz que pode existir uma “lembrança” do corpo humano em outra vertente. O estudo utilizou a SARS, doença causada por outro coronavírus e que se espalhou na Ásia entre 2002 e 2003, que causava complicações respiratórias. Estudiosos de Singapura descobriram que um tipo de células de defesa, as células T, ainda estão operacionais contra a doença após 17 anos.

Segundo os pesquisadores, o descobrimento “apoia a noção de que pacientes com a Covid-19 desenvolverão imunidade a longo prazo pelas células T”. No corpo humano, esses células são responsáveis em atacar invasores que estão dentro das próprias células, complementando a função dos anticorpos, responsáveis pelos parasitas do lado de fora.

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O estudo dos especialistas de Singapura estimula a ideia de que a proteção contra o coronavírus possa ser, ao menos parcialmente, explicada pelos métodos de combate à outros vírus, debate em curso desde o início da pandemia.

Jader Lazarini

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