Coronavírus: EUA pedem à China informações sobre cientistas que adoeceram em Wuhan

O chefe do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, Anthony Fauci, solicitou à China que divulgue os registros médicos de nove pessoas cujas doenças podem fornecer pistas para saber se o novo coronavírus (covid-19) foi resultado de um vazamento de laboratório. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (4) pelo jornal norte-americano Financial Times.

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De acordo com Fauci, esses registros ajudam a resolver o debate sobre a origem da covid, que já matou mais de 3,5 milhões de pessoas em todo o mundo.

Os documentos dizem respeito a três pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan que supostamente adoeceram em novembro de 2019, e a seis mineiros que adoeceram após entrar em uma caverna de morcegos em 2012.

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Três dos mineiros morreram. Cientistas de Wuhan haviam visitados a caverna para colher amostras dos morcegos.

“Gostaria de ver os registros médicos das três pessoas que supostamente ficaram doentes em 2019. Eles realmente ficaram doentes e, em caso afirmativo, com o que eles adoeceram?”, disse Fauci ao jornal.

“O que dizem os registros médicos dessas pessoas? Havia um vírus nessas pessoas? É totalmente concebível que as origens do coronavírus estivessem naquela caverna e tenham começado a se espelhar naturalmente ou tenham passado pelo laboratório”, completou o médico.

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O presidente dos EUA, Joe Biden, ordenou na semana passada que os serviços de inteligência do país cheguem a uma conclusão em 90 dias sobre o que iniciou a pandemia.

A Casa Branca disse que dois ramos da comunidade de inteligência acreditam que o coronavírus foi transmitido naturalmente, mas um terceiro acredita que veio do Instituto Wuhan. Nenhum dos ramos tem alto grau de confiança em suas conclusões, segundo a reportagem.

China recusa dizer se consideraria liberação dos registros do coronavírus

O Ministério das Relações Exteriores da China se recusou a dizer se consideraria a liberação dos registros  médicos dos nove indivíduos em uma coletiva de imprensa.

Mas o porta-voz, Wang Wenbin, repetiu uma declaração feita pelo instituto em março de que nenhum de seus funcionários jamais foi infectado com coronavírus.

O médico disse ao jornal que continua a acreditar quer o coronavírus foi transmitido primeiro aos humanos através de animais. Mas ele disse que acha que a questão merece mais investigação.

“Sempre achei que a probabilidade esmagadora — dada a experiência que tivemos com Sars, Mers, Ebola, HIV, gripe aviária, a pandemia de gripe suína de 2009 — era que o vírus saiu de espécie. Mas precisamos continuar investigando até que uma possibilidade sobre o coronavírus seja comprovada”, concluiu Fauci.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Poliana Santos

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