Ícone do site Suno Notícias

Coronavírus: demanda por petróleo na China despenca 20%

Os contratos futuros do petróleo operam em forte queda nesta quarta, pressionados pelo aumento da oferta pelo avanço da pandemia.

Os contratos futuros do petróleo operam em forte queda nesta quarta, pressionados pelo aumento da oferta pelo avanço da pandemia.

A demanda por petróleo na China despencou 20%, o equivalente a três milhões de barris por dia. A queda se deve ao impacto do coronavírus na economia chinesa.

A China é a maior importadora de petróleo do mundo, o país consome cerca de 14 milhões de barris por dia, esse valor é equivalente ao consumo da França, Alemanha, Itália, Espanha, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul, juntos. A desvalorização é uma demonstração do efeito do coronavírus no mercado.

Trata-se do maior choque de demanda sofrido pelo mercado de petróleo desde a crise financeira global de 2008-2009 e os ataques de 11 de setembro. Os analistas especulam que possa haver uma intervenção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), para reduzir a produção e conter a queda dos preços. A desvalorização está a caminho do menor fechamento em quatro meses.

“É realmente um evento de cisne negro para o mercado de petróleo. Havia alguma esperança para as perspectivas de demanda este ano antes do surto, mais isso foi revertido. A Opep tem que reagir. Se não houver mais cortes na produção, a queda dos preços vai continua”, disse sócio da Again Capital, em Nova York, John Kilduff, à agência de notícias “Reuters”.

Mercado chinês despenca com efeitos de coronavírus no radar

O mercado financeiro da China abriu com forte perdas nesta segunda-feira (3) por causa dos efeitos da epidemia de coronavírus. O CSI 300, o principal índice da Bolsa de Valores de Xangai, inciou a sessão em queda de 9.1%.

Trata-se do pior resultado do índice desde agosto de 2015. Essa é a primeira reabertura dos mercados na China após o feriado prolongado do Ano Novo Chinês, iniciado no dia 23 de janeiro.

Veja Também: Coronavírus: número de vítimas chega a 360 na China

O governo de Pequim prorrogou compulsoriamente o feriado para tentar conter o surto da doença e limitar os efeitos na economia. A reabertura era prevista para o dia 31 de janeiro.

Entretanto a desvalorização ocorreu mesmo com essa medida. E também a decisão do Banco Central da China de injetar liquidez por 1,2 trilhão de yuans (cerca de US$ 174 bilhões ou R$ 750 bilhões) nos mercados se tornou insuficiente para evitar a baixa na reabertura da Bolsa.

A queda acentuada ocorre no mesmo dia em que as autoridades chinesas anunciaram a morte de 361 pessoas por causa do coronavírus e a infeção de 17.205 outros cidadãos do país asiático.

Sair da versão mobile