Coronavírus: confiança do consumidor cai por causa da pandemia, diz FGV

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) caiu 7,6 pontos no mês março, para 80,2 pontos. Trata-se do menor valor desde janeiro de 2017, quando havia registrado 78,3 pontos. A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) teve influência no indicador.

De acordo com a coordenadora das sondagens da FGV, Viviane Seda Bittencourt, o aumento de incerteza gerado pela queda dos preços do petróleo, e pelo avanço da contaminação do coronavírus “contribuíram para o aumento do pessimismo em relação ao futuro da economia”.

O Índice de Situação Atual (ISA) diminuiu 4,8 pontos, para 76,1 pontos, o menor nível desde julho de 2019, quando havia registrado 75,6 pontos. O Índice de Expectativas (IE) caiu 9,3 pontos para 83,9 pontos, o menor desde dezembro de 2016 (81,6 pontos). O resultado gera uma perda de otimismo de 16,4 pontos no ano de 2020.

O indicador que mede as expectativas sobre a economia para os próximos meses, foi o que mais contribuiu para a queda da confiança ao cair 12,0 pontos, para 104,9 pontos, o menor nível desde setembro de 2018, quando havia registrado 100,6 pontos.

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O indicador que mede as perspectivas sobre as finanças familiares piorou pelo terceiro mês consecutivo, com queda de 7,0 pontos para 92,2 pontos, o menor nível desde junho de 2018 (91,5 pontos), período no qual a confiança foi impactada pela greve dos caminhoneiros.

Coronavírus influencia confiança do consumidor

Todas as classes de renda demonstraram perda de confiança, influenciadas pelo aumento do pessimismo em relação à situação econômica nos próximos meses. Apenas as famílias de menor poder aquisitivo, até R$ 2,1 mil, foram influenciadas pela redução forte na intenção de compras.

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Dentre as classes de renda, a maior queda advém na das famílias com renda familiar mensal entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil, cujo índice de confiança recuou 10,8 pontos.

“A queda na confiança dos consumidores que já vinha ocorrendo nos dois meses anteriores, aprofundou-se em março, sob influência da pandemia de coronavírus. Apesar de dois terços da coleta de dados para esta edição ter ocorrido antes das medidas de restrição já é possível notar um impacto expressivo nas expectativas”, disse Bittencourt.

Poliana Santos

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