Coronavírus: vacina pode ser aprovada neste ano, diz regulador da UE

O responsável por anti-infecciosos e vacinas da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, em inglês), Marcos Cavaleri, afirmou nesta terça-feira (21) que os órgãos reguladores europeus podem aprovar a primeira vacina contra o coronavírus (Covid-19) ainda neste ano. Isso pode acontecer por conta dos resultados promissores de diversos testes que foram feitos por farmacêuticas recentemente. As informações são da agência “Bloomberg”.

“Estamos nos preparando para essa possibilidade, para que nós, como reguladores, estejamos prontos. Será uma questão de ver se esses dados podem ser suficientes para permitir qualquer tipo de aprovação até o final de 2020”, afirmou Cavaleri em entrevista publicada pela agência.

A EMA pretende avaliar os dados dos ensaios, as decisões clínicas e de fabricação em tempo real para tornar o processo de aprovação ainda mais rápido.

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As expectativas para o lançamento da vacina contra o coronavírus aumentaram após a Universidade de Oxford e a AstraZeneca divulgarem que os resultados das fases iniciais foram promissores, e os primeiros testes em humanos se mostraram seguros e eficazes.

A Pfizer junto a BioNTech também anunciou dados positivos em relação aos resultados de outra vacina contra o coronavírus. Além disso, a chinesa CanSino Biologics também afirmou que seus ensaios com a vacina estão dando bons resultados.

O CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot, afirmou que a companhia pode fornecer uma vacina contra a Covid-19 até o fim deste ano. Vale destacar que a primeira vacina aprovada deverá ser disponibilizada, no primeiro momento, somente para adultos.

Segundo Cavaleri, isso ocorrerá porque os testes com crianças levam mais tempo e elas não são tão vulneráveis a doença quanto os adultos. O responsável por anti-infecciosos da EMA ainda disse que serão necessárias mais pesquisas sobre a transmissão da doença em crianças.

Sobre a eficácia da vacina contra o coronavírus, Cavaleri afirmou que ainda é difícil definir isso. “Temos que analisar o risco-benefício das vacinas quando os dados estiverem disponíveis e isso exclui a possibilidade de sermos tão categóricos sobre o que será um nível mínimo aceitável de eficácia”, disse.

Juliano Passaro

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