Privatização da Copel (CPLE6) ganha novo capítulo

A Copel (CPLE6), que já teve intenção de privatização sinalizada pelo próprio controlador, o Governo do Paraná, terá uma audiência pública para discutir seu processo de desestatização.

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O Governo do Paraná se valeu do Conselho de Controle das Empresas Estaduais para submeter a companhia à audiência pública, discutindo então o processo para tornar a Copel uma corporation – uma empresa de capital disperso e sem acionista controlador.

A Audiência Pública da Copel será no dia 1º de junho, às 10h, e ocorrerá de forma exclusivamente remota.

“A participação é aberta a todos os interessados e terá por objetivo a apresentação dos principais aspectos da estrutura da operação de Oferta Pública de Ações no âmbito do processo de transformação da Copel em Corporação, nos termos da Lei Estadual nº 21.272/2022-PR, de 24 de novembro de 2022”, diz o comunicado da Copel.

Atualmente o Estado do Paraná detém 31,1% do capital social da empresa, com cerca de 70% das ações ordinárias e 7% das ações preferenciais de classe B.

Os demais acionistas incluem o BNDESPar, com 24% do capital socia total, e os custodiantes por meio de ações em bolsa, que representam 44,2%, sendo 38,3% da B3 e os demais 5,9% dispersos entre a Bolsa de Nova York e a Bolsa de Madri.

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Último resultado da Copel

No primeiro trimestre deste ano a empresa anotou lucro líquido de R$ 635,5 milhões, representando queda de 5,1% na comparação anual.

Segundo a empresa, o resultado reflete acréscimo de R$ 32,3 milhões na rubrica “depreciação e amortização“, devido, principalmente, à entrada em operação do Complexo Eólico de Jandaíra, a aquisição dos Complexos Eólicos Aventura e Santa Rosa & Mundo Novo.

Além disso, o aumento dos investimentos da Copel Distribuição.

Já o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda) ajustado atingiu R$ 1,617 bilhão no período, representando alta de 10,7% ante igual etapa do ano anterior.

“A Copel reportou os resultados do 1T23 um pouco acima das nossas expectativas. Apesar da queda de 3,0% no volume faturado, a Copel Distribuição apresentou bons resultados devido”, diz a XP.

Segundo a casa, isso se deu pelo:

  • Efeito médio do reajuste de +16,5% nas tarifas de uso do sistema de distribuição (TUSD)
  • Redução de -82,2% A/A nas provisões.

“No que diz respeito à Copel G&T, o cenário hidrológico favorável e recursos eólicos mais fortes mais do que compensaram a falta de despacho da termelétrica Araucária”, conclui a XP.

A recomendação da casa é de compra para as ações da Copel, com preço-alvo de R$ 8 por ação.

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Eduardo Vargas

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