Confira 5 ações que mais desvalorizaram no mês de março

As ações cotadas nas Bolsas de Valores registram perdas e ganhos diários que dependem de vários fatores como: a economia do país, cenário externo e a gestão da empresa. No mês de março todos os papéis apresentaram uma desvalorização em razão da crise da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Desse modo, o especialista de renda variável da SUNO Research, João Arthur, apontou cinco ações do Ibovespa que mais se desvalorizaram no mês de março.

Para avaliar o desempenho médio da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) é utilizado o índice Ibovespa que mede o andamento das ações mais líquidas. No total, fazem parte do principal índice da B3 68 ativos de 65 companhias.

A metodologia do indicador é definida pela própria B3 através de uma carteira teórica de ações, cuja composição é modificada periodicamente.

A escolha dos ativos que fazem parte deste índice é baseada em dois fatores:

  • liquidez
  • volume das ações

1° IRB Brasil

Pela segunda vez consecutiva, a IRB Brasil (IRBR3)ocupa 1° lugar de mais desvalorizadas no mês.  No dia 2 de março, as ações  encerraram sendo cotadas a R$ 33,25. Entretanto, no dia 31 de março os papéis encerraram sendo negociados a R$ 9,68. Desse modo, durante o terceiro mês do ano de 2020, as ações da resseguradora registraram uma desvalorização de 70,89%.

Saiba Mais: IRB Brasil registra lucro líquido de R$ 1,7 bilhão em 2019

O lucro líquido da IRB Brasil no ano de 2019 registrou uma expansão de 44,7%, em relação a 2018, passando de R$ 1,2 bilhão para R$ 1,7 bilhão em 2019. Por sua vez, no quarto trimestre o lucro foi de R$ 632,1 milhões.

2° Smiles

No dia 2 de março, as ações ordinárias da Smiles (SMLS3) encerraram sendo cotadas a R$ 33,15. Entretanto, no dia 31 de março os papéis encerram sendo negociados a R$ 12,35. Desse modo, durante o segundo mês do ano de 2020, as ações da empresa de viagens registraram uma desvalorização de -62,32%.

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A Smiles registrou lucro líquido consolidado do quarto trimestre de R$ 179,5 milhões. Esse valor é equivalente a uma alta de 9,1% em comparação com o mesmo período no ano anterior.

3° Via Varejo

No dia 2 de março, as ações da Via Varejo (VVAR3) encerradas sendo cotadas a R$ 14,34. Entretanto, no dia 31 de março os papéis encerraram sendo negociados a R$ 5,28. Desse modo, durante o segundo mês do ano de 2020, as ações da varejista registraram uma desvalorização de 61,77%.

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A Via Varejo apresentou lucro líquido operacional de R$ 78 milhões no período. Entre outubro e dezembro de 2018, a companhia teve prejuízo de R$ 282 milhões.O lucro bruto consolidado da companhia foi de R$ 2,3 bilhões, uma alta de 15,2% na comparação anual.

4° Azul

Pela segunda vez consecutiva, a Azul ocupa o quarto lugar de empresa mais desvalorizada no mês.

No dia 2 de março, as ações da Azul (AZUL4) encerradas sendo cotadas a R$ 45,19. Entretanto, no dia 31 de março os papéis encerraram sendo negociados a R$ 17,55. Desse modo, durante o terceiro mês do ano de 2020, as ações da companhia registraram uma desvalorização de  60,51%.

A Azul registrou lucro líquido de R$ 872,8 milhões no quarto trimestre do ano passado. O valor apresentado é 132% maior do que o do mesmo período de 2018. O lucro líquido ajustado da terceira maior companhia aérea do Brasil entre outubro e dezembro de 2019 foi de R$ 436,7 milhões. No quarto trimestre de 2018, em termos ajustados, a Azul teve lucro de R$ 96,6 milhões. O avanço na comparação anual foi de 352%.

5° Cogna

No dia 2 de março, as ações da Cogna (COGN3) foram encerradas sendo cotadas a R$ 10,25. Entretanto, no dia 26 de fevereiro os papéis encerram sendo negociados a R$ 4,00. Desse modo, durante o terceiro mês do ano de 2020, as ações registraram uma desvalorização de 60,36%.

A Cogna apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 771,09 milhões em 2019, uma queda de 48,9% frente ao reportado em 2018. A receita líquida em 2019, foi de R$ 7,02 bilhões, equivalente a um incremento de 15,9% sobre o apresentado um ano antes. Já o Ebitda  do ano passado caiu 2,4% frente a 2018, atingindo R$ 2,42 bilhões.

Investir em ações

Antes de qualquer investimento em ações é importante ressaltar que quitar as dívidas deve sempre ser a prioridade. Os analistas da SUNO Research sempre salientam que é necessário antes poupar dinheiro para depois investir, e nunca se endividar para investir ou investir endividado. Esta matéria não é uma recomendação de investimento.

Poliana Santos

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