Compra da Avon pela Natura é aprovada pela Comissão Europeia

A Comissão Europeia ratificou a compra da Avon pela Natura (NATU3) nesta segunda-feira (16). O órgão executivo da União Europeia (UE) concluiu que o negócio não implicará em problemas de concorrência no mercado europeu.

Para o órgão executivo da UE, as atividades resultantes da junção das duas empresas [Avon e Natura] irá apenas culminar em um aumento “moderado” da participação de mercado na Europa.

A comissão também afirmou que continuará tendo “uma série de potentes fornecedores concorrentes em todas as áreas de produtos relevantes e nos países do Espaço Econômico Europeu”. Dessa forma, a concorrência não será afetada com o negócio.

Início do processo de compra da Avon pela Natura

Em março deste ano, a Natura Cosméticos confirmou a possibilidade de compra de uma parte da norte-americana Avon.

“A esse respeito, a Companhia confirma que vem mantendo discussões com a Avon a respeito de potencial transação envolvendo ambas as companhias. Natura não pretende fazer comentários adicionais neste momento, porém comunicará ao mercado quando apropriado”, comunicou, na época, a possível compradora em fato relevante.

Anúncio da compra

Em maio, a Natura anunciou a compra da Avon Products. A operação envolvia, segundo comunicado da empresa, uma troca de ações (all-share merger). O novo grupo foi avaliado em US$ 11 bilhões. Entretanto, apenas em novembro deste ano, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição da Avon pela Natura.

A negociação entre as duas empresas foi aprovada pelo órgão regulador sem restrições. A Avon foi avaliada em US$ 3,7 bilhões. De acordo com a empresa brasileira, o faturamento anual da companhia, que operará após a finalização do negócio, será superior a US$ 10 bilhões (cerca de R$ 40 bilhões).

“A restruturação societária é oportuna para que a Natura Cosméticos passe a ser detida pela Natura&Co, viabilizando a subsequente integração da base acionária e das operações da Avon, sem que isso resulte em incremento dos índices de endividamento da Natura”, informou a Natura.

Juliano Passaro

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