Como investir no exterior mesmo tendo um perfil de investidor conservador?

No atual cenário econômico, muitos investidores brasileiros buscam a diversificação em seus portfólios, e uma das alternativas mais atraentes é investir no exterior. Para aqueles que possuem um perfil conservador, a preocupação com a segurança do capital é primordial, mas é possível aliar a proteção do investimento a boas oportunidades de retorno.

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Uma das opções viáveis para os investidores cautelosos são os ETFs (Exchange-Traded Funds), que oferecem acesso a ativos internacionais de forma simples e diversificada.

Os ETFs permitem que os investidores compitam em mercados globais sem a necessidade de uma gestão complexa, alinhando-se perfeitamente ao desejo por segurança do investidor conservador.

Andressa Bergamo, especialista em investimentos e sócia-fundadora da AVG Capital, explica que o investidor conservador “é aquele que valoriza mais a preservação do capital do que a possibilidade de ganhos altos”. 

Para ela, a meta principal desse perfil é ver o dinheiro rendendo de forma constante e previsível. “Ele quer estabilidade e confiança, e por isso costuma evitar ativos mais voláteis como ações de empresas pequenas ou criptomoedas”, afirma.

A diversificação geográfica, segundo Bergamo, é uma estratégia inteligente para mitigar riscos. “Não colocar todos os ovos na mesma cesta” se torna ainda mais relevante quando se trata de investir em mercados internacionais

Assim, ao ampliar a atuação em diferentes economias, um investidor conservador pode proteger seu patrimônio de crises locais, mudanças políticas e até mesmo da inflação descontrolada. 

Então quais opções para investir no exterior de quem é mais conservador?

Um exemplo interessante é o GOAT11, primeiro ETF híbrido listado na B3, criado pela Itaú Asset. Com uma composição de 80% em renda fixa e 20% em renda variável internacional, o GOAT11 se apresenta como uma solução que combina proteção e potencial de retorno. 

Ele mistura ativos como o Tesouro IPCA+ e ações de grandes empresas do S&P 500, permitindo que os investidores conservadores tenham acesso a uma diversificação robusta, mantendo a segurança que desejam. Esse ETF ainda conta com uma tributação privilegiada, seguindo as regras da renda fixa, o que o torna ainda mais atraente.

Os ETFs de caráter mais defensivo, como aqueles que investem em renda fixa americana, como o USDB11, também são opções viáveis para o investidor mais conservador. Como ressalta o time de research da Investo, os ETFs internacionais proporcionam acesso a mercados desenvolvidos e proteção cambial, sendo uma alternativa eficiente para compor carteiras de longo prazo.

Para aqueles que desejam iniciar o processo de investimento no exterior, a especialista recomenda começar de forma gradual, “mas dê o primeiro passo”. Com o acesso facilitado por corretoras e bancos com operações internacionais, é possível investir até com aportes pequenos. 

Andressa finaliza sobre a importância de buscar conhecimento e um assessor financeiro que compreenda suas necessidades. “Não tenha medo do internacional só porque parece distante”, aconselha. “Com o tempo, investir lá fora vai deixar de parecer um bicho de sete cabeças e se tornará parte natural da sua estratégia financeira”, mesmo sendo conservador.

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Gustavo Bianch

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