Com os juros americanos mais baixos, onde investir? 

Com o corte de 50 bps nos juros americanos, o cenário apresentado abre novas oportunidades no mercado financeiro global, incluindo investimentos na bolsa americana, além dos mercados de risco no Brasil. 

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Segundo especialistas, investir em empresas do setor de tecnologia, small caps e no setor imobiliário pode ser boas oportunidades com o ciclo de baixa dos juros americanos, seja por meio de ações do exterior ou em ETFs de empresas desses setores. 

Além disso, a economia real também ganha novos estímulos com os juros em queda. De acordo com a Alessandra Gontijo, sócia e CCO da Investo, historicamente, “os juros mais elevados prejudicam o desempenho de ações de small caps e de empresas do setor imobiliário (REITs), pois o custo do capital mais alto encarece o financiamento, afetando empresas menores e o setor imobiliário”. 

Com o ciclo de baixa dessa política monetária, essas classes de ativos têm o potencial de iniciar uma fase de valorização. “Os ETFs como SVAL11 e ALUG11, que investem respectivamente em small caps americanas e REITs são opções relevantes para quem quer aumentar a exposição a ativos estrangeiros”, destaca Gontijo. 

Outros setores como tecnologia e consumo podem se beneficiar, visto que o capital deve fluir em direção a empresas que prometem crescimento a longo prazo. A diversificação em ações de empresas com forte presença no mercado americano se torna uma opção viável.

Sidney Lima, analista CNPI da Ouro Preto Investimentos, acredita que os juros menores nos Estados Unidos, tenha como impacto uma “maior injeção de liquidez nos mercados globais, impulsionando ativos de risco, como ações e commodities”. Ou seja, a bolsa de valores torna-se atrativa, sobretudo nos Estados Unidos. 

Os juros dos EUA foram reduzidos para uma banda entre 4,75% e 5%. A expectativa dos especialistas é que haja mais dois cortes de 0,25 p.p., nas reuniões de novembro e dezembro.

Esse cenário traz maior atratividade para os ativos de risco, uma vez que a renda fixa tem rendimento menor com os juros mais baixos. 

Investir no Brasil também ficou mais viável com a redução dos juros nos EUA

Além disso, os investimentos em ações brasileiras e renda fixa também tornam-se mais interessantes com o afrouxamento monetário dos Estados Unidos. 

“Isso pode levar a uma desvalorização do dólar, beneficiando economias emergentes e impulsionando investimentos em ativos de maior risco, com possíveis fluxos de capital saindo dos EUA para mercados emergentes em busca de maiores rendimentos.”, afirma Fábio Murad, sócio da Ipê Avaliações. Em outras palavras, o Brasil torna-se mais atrativo para investidores estrangeiros.

Como as ações de empresas brasileiras estão com múltiplos considerados baratos e o maior fluxo vindo do exterior, há possibilidade de valorização de muitos papeis. 

Outro fator importante foi o aumento na taxa de juros no Brasil, com a Selic saindo de 10,50% para 10,75%. Essa diferença entre os juros americanos e os brasileiros também contribui com maior fluxo de recursos para o Brasil, inclusive para a renda fixa. 

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Gustavo Bianch

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