ESG: O que temos visto no Brasil e se faz sentido investir com esse foco
No último ano, o tema ESG ganhou ainda mais relevância entre os agentes de mercado do mundo todo. Sem dúvidas, a pandemia do coronavírus foi um fator fundamental para que o assunto ganhasse o centro das discussões entre gestores e analistas. No mundo atual, é fundamental que todos os setores da sociedade se preocupem com questões relacionadas à sustentabilidade e responsabilidade social.
De acordo com algumas pessoas, as empresas que não seguirem esses padrões tendem a ficar para trás no futuro.
Uma pesquisa realizada pela MarketPsych analisou, além de balanços, notícias e postagens em redes sociais de diversas companhias para fazer um contraponto aos indicadores financeiros divulgados. Eles concluíram que empresas nas quais os funcionários se sentem seguros e felizes tendem a ter um melhor desempenho nas bolsas do que seus pares com equipes infelizes.
Por outro lado, segundo dados da Anbima, quando a crise de 2020 ainda estava no pico, em meados de setembro do ano passado, os fundos de ações focados em sustentabilidade e governança acumulavam o maior retorno do ano, com cerca de 9,88%. Se olharmos hoje, a rentabilidade acumulada da categoria em 12 meses passa de 22%.
Mas quais empresas no Brasil têm se destacado no sentido de ESG?
Alguns dos exemplos mais conhecidos são Ambev (ABEV3), com rating mundial de AA e score de 7.9, Banco do Brasil (BBAS3), com gestão de carbono, gestão de pessoas e ombudsman (um canal de comunicação com clientes) e Ultrapar (UGPA3), que apesar de estar inserida em um setor sensível como o de combustíveis, faz uma gestão altamente responsável na questão de emissão de carbono, com uma nota de 8.4 no Score Global.
Além dessas, algumas casas de investimentos também têm desenvolvido algumas iniciativas neste sentido, trazendo o tema para o debate, criando prêmios e até mesmo montando equipes de research focadas em ESG.
Respondendo ao questionamento inicial do artigo, sim, faz sentido investir com este foco dentro de uma estratégia de diversificação bem elaborada. Obviamente, outros fatores além do ESG devem ser considerados ao escolher um ativo, mas este já pode ser um bom ponto de partida para a sua análise! Bons negócios!