Régis Lima

Para atender demandas do futuro, inovar é preciso!

Em 2025, o investimento em empresas sustentáveis deve chegar à casa dos US$ 53 trilhões, ilustrando um futuro cada vez mais próximo

O cenário empresarial se transforma de acordo com as necessidades apresentadas em diversos setores da sociedade. Nesse sentido, conforme pautas vigentes são debatidas, seja no âmbito político, social ou cultural, novas soluções são exploradas. Atualmente, as organizações que garantem destaque positivo são, majoritariamente, empresas que lideram em tópicos de consciência sustentável e responsabilidade social coletiva, usufruindo de inovações tecnológicas para conquistar melhores resultados.

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Deste modo, as empresas possuem a responsabilidade de discutir temas relevantes para propor internamente uma gestão íntegra e comprometida com o bem-estar social. Pensar além do lucro é fundamental e traz retornos significativos para a população, que serão revertidos, consequentemente, em apoio às empresas. Portanto, focar no macro é essencial. Diante esse contexto, a pesquisa realizada pela Aberje mostra que 95% das agendas corporativas levantaram o tema Environmental, Social and Corporate (ESG) como prioridade. Isso significa que organizações estão voltando seu olhar para um meio ambiente sustentável, com políticas sociais que provoquem efeitos práticos.

Consciência e inclusão: as vantagens do investimento para o futuro

Implantar políticas que cuidam da sociedade e propõem melhorias é uma realidade que possui apoio e destaque no Brasil e ao redor do mundo. Quando pensamos em iniciativas voltadas ao ESG (que em português, pode ser traduzido para meio ambiente, social e governança), é importante reconhecer que o termo surgiu em 2004, seguindo um relatório da ONU chamado “Who cares wins”. Seu propósito maior era enfatizar e estimular que organizações incluíssem diretrizes sobre questões sociais, ambientais e corporativas dentro do seu negócio.

Ao trazermos ideias do tipo para os dias atuais, falamos da relevância de se investir em energias renováveis, incentivar a reciclagem, criar políticas de inclusão, estar atualizado e comprometido com a legislação, combater a corrupção, entre tantas outras iniciativas que já não podem mais habitar um campo de atenção secundário.

Entender as dores atuais da população é o início de qualquer estratégia de ESG. Afinal, quando um gestor se dedica a encontrar soluções para as dificuldades de seus colaboradores e da sociedade como um todo, ele entende que aquilo é um investimento confiável. O objetivo de implantar políticas voltadas para uma gestão íntegra é de solucionar problemas globais, deficiências sociais, considerando, inclusive, o crescimento da economia e do próprio negócio.

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Os benefícios não param por aí. Segundo uma pesquisa feita pela Opinion Box, 67% dos consumidores brasileiros têm preocupação em saber se a empresa toma medidas voltadas para o ESG, antes de realizar uma compra. Ou seja, além de retorno financeiro, adotar práticas de ESG acaba sendo um grande diferencial para as companhias, agregando na fidelização dos clientes.

Greenwashing: Como saber se a empresa é confiável?

O consumo consciente vem ganhando cada vez mais força, e a expectativa é de que em 2023 o tema continue em alta. Mas umas das preocupações de quem acredita na mudança do planeta são empresas que praticam o “Greenwashing”, termo que indica quando determinada companhia promove discursos, anúncios, ações, e propagandas publicitárias sobre ser ambientalmente/ecologicamente correta, mas, na verdade, não contribui com ações reais e que colaborem com a minimização ou solução dos impactos ambientais. Como identificar tais fraudes?

Diversas práticas foram desenvolvidas com o intuito de monitorar e criar padrões empresariais que possibilitem um ambiente corporativo saudável, ajudando a desmascarar atitudes impróprias. O compliance é um exemplo de estratégia altamente eficiente, no sentido de não deixar que intempéries aconteçam, pois desenvolve métricas personalizadas para a empresa, acarretando punições quando os princípios da mesma não são seguidos. Isso ajuda a gerar transparência e mais clareza sobre investimentos feitos em questões ambientais, por exemplo, identificando possíveis indícios de corrupção.

Ademais, o investimento em boas práticas de compliance é vantajoso tanto para os gestores, que podem acompanhar todos os ideais estruturados para uma boa gestão e a operação em sua totalidade, como para os consumidores, que têm visão de onde investem seu dinheiro e confiança.

Por fim, é importante reforçar que há um espaço promissor para as empresas que investem em melhorias para a população. Segundo um levantamento feito pela agência Bloomberg, em 2025, o investimento em empresas sustentáveis deve chegar a US$ 53 trilhões. São dados que demonstram o impacto de se pensar no coletivo, condição que gera lucro e crescimento às organizações. Assim, além de solucionar dores da sociedade, a empresa contribui para um futuro sustentável e consciente, deixando sua marca em um mundo amplamente globalizado.

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Nota

Os textos e opiniões publicados na área de colunistas são de responsabilidade do autor e não representam, necessariamente, a visão do Suno Notícias ou do Grupo Suno.

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