João Canhada

Soberania financeira: como proteger seu patrimônio de confiscos e expropriações

Esse tipo de problema já aconteceu diversas vezes na história da humanidade, inclusive no Brasil, e até 13 anos atrás você teria poucas condições para se proteger de tal arbitrariedade. Mas os tempos mudaram. Vou te contar como proteger seu patrimônio de uma verdadeira guerra que está acontecendo contra a propriedade privada.

Imagine a seguinte situação: você passa anos investindo para construir um suado patrimônio e após muitas batalhas sua propriedade é expropriada sem um motivo justo.

Saiba que esse tipo de problema já aconteceu diversas vezes na história da humanidade, inclusive no Brasil, e até 13 anos atrás você teria poucas condições para se proteger de tal arbitrariedade.

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Contudo, os tempos mudaram e nesse artigo eu vou te contar como proteger seu patrimônio de uma verdadeira guerra que está acontecendo contra a propriedade privada.

Guerra à propriedade privada

Mas antes eu vou te contar algumas histórias que vão dar uma perspectiva sobre a segurança dos seus ativos.

Em março de 1992, o Departamento de Peixes e Vida Selvagem entrou no rancho do texano Richard Smith, acusando-o de ser responsável por envenenar águias. Os burocratas confiscaram o carro de Richard e encontraram a Pickup de W.B Smith, pai de Richard, um senhor de 75 anos com problemas de coração. Os policiais ambientais chegaram a ameaçar deixar W.B na estrada, à “apenas” 16 km da cidade mais próxima.

Acontece que nada foi encontrado na propriedade de Richard. O Departamento ficou 9 meses com os carros da família sob controle e sem nenhuma acusação formal.

Isso vem acontecendo desde a década de 90 nos Estados Unidos, país famoso por suas leis de respeito à propriedade privada. E no Brasil, como estão as coisas?

A situação no Brasil parece pior. Em 2014 o Brasil recebeu a Copa do Mundo, mas para recebê-la o governo teve que “desapropriar” as terras de mais de 22 mil famílias.

Um dos casos é o do Seu Romildo Ramos, que, segundo reportagem da BBC, tinha um sítio cheio de árvores frutíferas, água potável e uma casa construída com muito esforço ao longo dos anos na região metropolitana do Recife.

Mas nada disso importava para o governo – eles simplesmente tiraram a propriedade de Ramos para construir a Arena Pernambuco, realocando a família para um local inseguro à beira da estrada. Ramos morreu de infarto logo após a Copa.

Não é a primeira vez que o Estado brasileiro desrespeita a propriedade privada. O Plano Collor, para os mais jovens, confiscou a poupança de milhões de brasileiros.

Apesar de o confisco à Collor não ser provável devido a novas leis que o proíbem, a Constituição brasileira ainda permite o “empréstimo compulsório”, no qual o cidadão é obrigado a emprestar dinheiro ao governo em casos de calamidade pública e guerras. Esse dinheiro deve ser devolvido, mas a Constituição não dá um tempo e nem mesmo as maneiras para isso acontecer. No final das contas ficamos dependentes da interpretação de juristas e burocratas.

Uma nova maneira de proteger o patrimônio nasce em 2009

Ficávamos, pois em 2009 as coisas começaram a mudar. Um programador ou grupo anônimo chamado Satoshi Nakamoto lançou o Bitcoin, a maior arma de proteção da propriedade privada já inventada pelo homem.

O Bitcoin é uma moeda digital que funciona completamente baseada em pura matemática.

Com ele eu posso gerar um endereço (uma espécie de conta bancária) usando apenas 24 palavras, guardar essas palavras e gastar meus bitcoins onde eu quiser, na hora que eu quiser e sem limites de transação.

A matemática por trás do bitcoin é extremamente sólida e, por mais que algum governo queira confiscar o que é seu, ele matematicamente seria incapaz de conseguir.

Outra vantagem do bitcoin é a segurança econômica, diferente das políticas monetárias governamentais, essa criptomoeda tem uma emissão previsível.

Por todos esses motivos, o Bitcoin foi o melhor ativo da década passada e se encaminha para tornar-se o ouro digital, principalmente para países que enfrentam o pesadelo de ter governantes desrespeitando a propriedade privada.

Se você tem terras, ações, títulos de dívida ou qualquer outro investimento confiscável pelo Estado, talvez seja a hora de investir em um ativo que lhe garanta proteção quando quem deveria proteger a propriedade usa do poder para roubá-la.

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Soberania financeira

E é por isso que muitos investidores estão perseguindo cada vez mais o conceito de soberania financeira.

Além da ideia de independência financeira na qual você chega em um patamar patrimonial onde não precisa se preocupar com salário ou depende de outrem para viver, na soberania financeira você vai além.

A soberania financeira te dá ainda mais liberdade por meio do poder de controle sob os ativos. Por exemplo, você já teve que lidar com o limite de transações do Pix? Se você for soberano financeiramente, as limitações são impostas apenas por você e não pelo banco ou governo.

Um indivíduo soberano financeiramente não é tão afetado por decisões arbitrárias de confisco quanto outras pessoas. Há várias maneiras de alcançar a soberania, dentre elas diversificar as jurisdições onde seus recursos estão espalhados e a mais comum é comprar criptomoedas.

Qualquer pessoa pode ser um indivíduo soberano, proteger seu patrimônio é uma tarefa essencial em um ambiente cada vez mais instável.

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Nota

Os textos e opiniões publicados na área de colunistas são de responsabilidade do autor e não representam, necessariamente, a visão do Suno Notícias ou do Grupo Suno.

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