Eduardo Machado

A dinâmica da tecnologia atendendo o consumo do público mais jovem no mercado imobiliário

De acordo com dados da Caixa Econômica Federal, atualmente 57% dos empréstimos concedidos para a compra da casa própria são direcionados ao público com menos de 35 anos de idade.

Até bem pouco tempo atrás, líamos sobre a tendência de muitos jovens em preferir morar com os pais mesmo após os 30 anos de idade. A ideia de permanecer ‘no ninho’ até mais tarde, sacrificando a liberdade e a independência, era vista como algo compensador diante da segurança e do conforto proporcionados pela casa familiar. Contudo, dados do mercado imobiliário indicam que, hoje, podemos enxergar uma inversão nesta tendência.

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De acordo com dados da Caixa Econômica Federal, atualmente 57% dos empréstimos concedidos para a compra da casa própria são direcionados ao público com menos de 35 anos de idade. Entre os que procuram os serviços de uma imobiliária, atualmente, 80% são jovens entre 25 e 35 anos. Além disso, consumidores nesta faixa etária, segundo estimativas do setor, já representam 30% dos clientes de imóveis na planta.

Além de fatores estruturais, como sair de casa para estudar em outra cidade ou buscar melhores oportunidades de emprego em lugares mais distantes, têm pesado como fator decisivo para os jovens investirem em um imóvel próprio as facilidades de financiamento, hoje disponíveis em diferentes modalidades e bancos.

Em busca de apartamentos compactos, plantas até 45m², que tenham equipamentos de lazer como academia e piscina e estejam próximos a estações de metrô e a uma boa estrutura de comércio e serviços, esse público faz questão de conforto, praticidade e segurança.

Para o mercado imobiliário, ajustar-se a essa tendência, ofertando empreendimentos que se encaixem no perfil exigido pelos mais jovens, é algo fundamental – e que já vem acontecendo. Mas, tão importante quanto isso, as empresas do setor precisam levar em conta que esse público, ligado à tecnologia, demanda ferramentas cada vez mais sofisticadas que os auxiliem a encontrar o imóvel ideal.

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E isso explica o uso cada vez mais intenso das plataformas virtuais como instrumentos de busca por imóveis para vender ou alugar. Para termos uma dimensão do tamanho deste mercado, basta citar que o Meu Imóvel, em apenas oito anos, já gerou mais de 1 milhão de leads e participou de mais de 12 mil vendas no mercado imobiliário, ajudando a movimentar mais de R$ 6 bilhões. Hoje grande parte das maiores construtoras e incorporadoras do mercado são nossas parceiras.

Para alcançar os clientes mais jovens, as plataformas estão investindo fortemente em tecnologias como Geolocalização e Inteligência Artificial. A ideia é ampliar o leque de opções dentro do perfil descrito pelo usuário, tornando a busca mais assertiva. Outra preocupação seria tornar mais eficiente o contato inicial entre cliente e vendedores no começo do funil de atendimento, dando respostas mais rápidas e diretas para suas dúvidas iniciais.

Facilidades como esta estão mudando a forma de trabalhar das empresas do setor imobiliário. Com um atendimento mais rápido, ágil e dinâmico – e sem incomodar o cliente com informações que ele não pediu – o segmento está conseguindo atender com eficiência não apenas os clientes mais jovens, mas a totalidade de seu público. E esse é o caminho para o crescimento.

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Nota

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