Cogna (COGN3) e Eleva se aproximam de acordo sobre troca de ativos

A Cogna (COGN3) e a Eleva, após meses de negociações, avançaram na discussão sobre a transação envolvendo escolas da primeira em troca do sistema de ensino da segunda. As informações são do jornal Valor Econômico.

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Como as escolas teriam um valor superior ao do material didático, a Eleva deve completar a diferença dando uma fatia de ações suas à Cogna após a sua abertura inicial de capital (IPO), que deve ser feita ainda no primeiro semestre de 2021.

Os papéis da Eleva, que tem entre seus acionistas o empresário Jorge Paulo Lemann, ficariam com a Vasta, braço da Cogna nos serviços educacionais de ensino básico, e não dariam direito ao voto por determinado período, a fim de evitar discussões sobre a governança.

O BTG Pactual (BPAC11) estima que a diferença entre o valor do sistema de ensino da Eleva e das escolas da Cogna fique em R$ 1,6 bilhão, com o sistema de ensino avaliado em R$ 400 milhões e as escolas em R$ 2 bilhões.

Negociação beneficiaria Cogna e Eleva

A transação faz sentido para as duas empresas. A Eleva quer aumentar seu tamanho e chegar mais robusta em seu IPO, no qual quer captar cerca de US$ 300 milhões. A Cogna, que tem 52 escolas de marcas reconhecidas e com receita líquida somando R$ 480 milhões nos primeiros nove meses de 2020, quer direcionar seus esforços ao segmento de serviços educacionais para instituições de ensino, com venda de material didático, plataformas educacionais e gestão escolar.

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Se o negócio for fechado, a Cogna incorpora ao seu portfólio o sistema de ensino da Eleva, adotado por cerca de 200 mil alunos e 300 escolas e que tem forte reputação. A companhia já possui os sistemas de ensino Anglo, pH, Pitágoras e Líder em Mim, e as editoras Ática, Scipione e Saraiva.

As negociações não são de hoje. Em 2019, a Eleva e a Kroton (antigo nome da Cogna), já haviam tratado sobre a troca. Agora, porém, o IPO da Cogna e a pressão do mercado para a Vasta realizar aquisições após sua estreia na Nasdaq devem impulsionar o acordo.

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Vitor Azevedo

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