Claro coloca à venda quase 2 mil antenas antigas da Oi (OIBR3)

A Claro lançou, nesta quarta-feira (20), uma oferta pública para vender aproximadamente 2 mil antenas recebidas no processo de aquisição das redes móveis da Oi (OIBR3).

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De acordo com a operadora, as antigas antenas da Oi são avaliadas em cerca de R$ 110 milhões. São 1.950 unidades, número que corresponde a 42% da base total recebida.

Na semana passada, a TIM (TIMS3) e a Vivo (VIVT3) divulgaram processos similares ao da Claro. A Vivo colocou à venda 1.346 antenas pelo valor total de R$ 50,5 milhões. Já a TIM quer vender 3.610 pelo valor total de R$ 368,8 milhões.

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As informações constam em documentos enviados pelas companhias ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) comunicando o início das ofertas, além de detalhes dos equipamentos, como especificações, localização e preços unitários. A apuração dos valores e números foi realizada pelo Broadcast.

Remédios do Cade pela aquisição da Oi Móvel

Na época da aquisição dos ativos, o Cade determinou que a TIM e a Vivo deveriam se desfazer de metade das estações rádio-base (ERBs) em seis meses, e a Claro, que teria menos equipamentos, 40% em 12 meses. A decisão foi tomada para que não houvesse concentração de ativos apenas com três operadoras.

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As ERBs são equipamentos colocados em postes, viadutos, prédios e torres para ativar o sinal de telefonia e internet. Juntas, Oi, TIM, Vivo e Claro tinham quase 100% do total de antenas de telefonia no mercado.

Nas ofertas levadas a público há ERBs aptas a operar as tecnologias 2G, 3G e 4G, nas faixas de 900 Mhz, 1.800 Mhz, 2.100 Mhz e 2.600 Mhz. Há equipamentos das fabricantes Nokia, Ericsson e Huawei.

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No geral, os preços unitários vão preços unitários vão de R$ 3 mil a R$ 322 mil, dependendo da localidade, da conservação do item e das suas funções. Boa parte dos equipamentos funciona apenas no 2G e/ou 3G, que estão sendo desligados. Nesses casos, as ERBs são praticamente sucata.

Mesmo no caso das antenas de 4G, alienar esses bens não é tarefa fácil, pois o uso das antenas têm pouca flexibilidade. Os equipamentos funcionam especificamente em uma faixa de frequência. Sendo assim, o possível comprador deverá possuir, principalmente, frequências de 1.800 MHz e 2.100 MHz, que foram muito usadas pela Oi. Ou então, o comprador terá que alugar esse espectro de terceiros (como TIM, Vivo e Claro) caso queira operar as antenas por conta própria.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Victória Anhesini

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