China x Taiwan: Entenda o conflito e veja o que acontece em caso de guerra

A tensão militar e econômica entre a China e Taiwan foi acirrada nas últimas semanas, com exercícios militares na região.

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O ministro das Relações Exteriores de Taiwan, Joseph Wu, condenou as ações recentes do dragão chinês e disse, em entrevista à CNN que “eles parecem estar tentando se preparar para lançar uma guerra contra Taiwan”.

“Veja os exercícios militares e também sua retórica, eles parecem estar tentando se preparar para lançar uma guerra contra Taiwan”, disse Wu.

Se o conflito entre os dois países de fato ocorrer, pode balizar uma nova onda de sanções econômicas – assim como ocorreu com países que apoiaram a Rússia logo após o início do conflito militar na Ucrânia.

Um eventual problema nas relações com países poderia ocasionar bloqueios no Canal do Panamá, Cabo da Boa Esperança, Estreito de Magalhães, Mar Vermelho, Estreito de Malaca e Luzón – o que isolaria a China do acesso a commodities essenciais.

Além disso, se trataria de algo relativamente novo para o país liderado por Xi Jingping, considerando que a China nunca entrou em um conflito militar fora de seu território – e nesse caso, em uma eventual invasão a Taiwan, teria conflitos com EUA, Japão, Austrália, Reino Unido, Europa e outros países.

O conflito também viria um momento de uma relativa fragilidade política a mais, dados os protestos desencadeados na China após a política de Covid-Zero.

Exercícios militares acirraram tensão entre China e Taiwan

Na terça (11) os Estados Unidos e as Filipinas fizeram seu maior exercício militar dos últimos 30 anos, com 17,6 mil soldados.

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“Os exercícios deste ano acontecem em outro momento decisivo no aprofundamento da aliança entre as Filipinas e os EUA”, disse durante cerimônia o chefe militar do país do Sudeste Asiático, o general Andres Centino.

Já nesta quinta (13), os exercícios militares foram em conjunto com o Japão.

“As Forças de Autodefesa do Japão e os militares dos EUA conduziram o exercício de treinamento conjunto, pois o ambiente de segurança em torno do Japão está se tornando cada vez mais severo, com a Coreia do Norte lançando mísseis balísticos que poderiam ser mísseis balísticos da classe ICBM de um ângulo alto”, disse o Ministério da Defesa do Japão.

Após esse movimentos que envolvem a maior potencial mundial, a China proibiu embarcações de uma área perto de Taiwan no domingo, prevendo a possibilidade de queda de destroços de foguetes.

Repercussão internacional

Após o acirramento das tensões, o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Andrea Sasse, relatou preocupações.

“Estamos muito preocupados com a situação no Estreito de Taiwan. Naturalmente, esperamos que todas as partes na região contribuam para a estabilidade e a paz. O mesmo aplica-se à República Popular da China”.

O presidente da França, Emmanuel Macron, também se pronunciou sobre o ocorrido durante uma visita aos Países Baixos.

“França é a favor do status quo em Taiwan. França apoia a política de ‘Uma só China’ e a procura por uma solução pacífica para a situação. Essa é, além disso, a posição dos europeus e é uma posição que foi sempre compatível com o papel de aliado. Mas é precisamente aqui que insisto na importância da autonomia estratégica. Ser aliado não significa ser vassalo. Não é porque somos aliados e fazemos coisas juntos que não temos o direito de pensar por nós mesmos”, disse.

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Eduardo Vargas

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