Executivo chinês afirma que país substituirá soja dos EUA pela brasileira

Um executivo de uma grande esmagadora de soja chinesa afirmou, nesta terça-feira, que a China deve deixar de importar soja dos Estados Unidos, preferindo comprá-la de países como o Brasil, entre outros.

A guerra comercial travada entre a China e os EUA, fruto principalmente das políticas e postura diplomática e comercial de Donald Trump, é o fator crítico dessa previsão, uma das mais extremas para o futuro do agronegócio norte-americano.

As importações de grãos de soja americanos costumam representar a segunda colocação no ranking de fornecedores à China, com uma quantia de 27,85 milhões de toneladas importada na temporada 2017/18. Segundo o vice-presidente do Jiusan Group, esse número deve cair para 700 mil toneladas na temporada atual, a partir deste mês, uma redução de aproximadamente 97,5%.

Enquanto isso, o Brasil deve preencher esse vazio. O país já é o maior exportador de soja para a China, e a quantidade de grãos importados para o país oriental deve saltar para 71,06 milhões de toneladas. O restante virá da Argentina, Canadá, Rússia e outros países, segundo o executivo.

Ele alerta, no entanto, que os estoques podem acabar até fevereiro ou março do ano que vem, época em que a produção de soja do Brasil é reduzida.

 

Daniel Quandt

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