China impõe regulações contra “práticas anticompetitivas”

O Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China determinou que as empresas de internet do país corrijam “certas práticas anticompetitivas e ameaças à segurança de dados”. A medida ocorre em meio a uma campanha regulatória para reformular o panorama digital do país, construindo uma “muralha digital”.

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O Ministério da China, que supervisiona as políticas de telecomunicações e indústria, disse nesta segunda-feira (26) que seu novo programa de retificação pretende corrigir uma série de problemas, incluindo perturbação da ordem do mercado, utilização incorreta de dados do usuário e violação de outros regulações.

O documento não especificava nenhuma empresa pelo nome. Mas o ministério listou várias infrações que geraram um efeito negativo sobre algumas das maiores plataformas de tecnologia da China nos últimos meses.

Como resultado da repressão regulatória no país, as grandes empresas de tecnologia estão sob maior escrutínio este ano por práticas que antes não eram questionadas.

Ambiente regulatório

Uma dessas questões levantadas pelo regulador do setor de tecnologia é o “bloqueio malicioso de links de sites” para endereços eletrônicos e produtos de outras empresas, o que mantém os concorrentes bloqueados dos principais ecossistemas de tecnologia e cria linhas rígidas entre as plataformas rivais.

Esse hábito, que já foi um princípio fundamental da indústria de tecnologia da China, parece estar mudando sob o novo ambiente regulatório.

O americano Wall Street Journal informou no início deste mês que as duas empresas de tecnologia mais poderosas da China, Alibaba e Tencent, estavam trabalhando para abrir seus serviços para as plataformas uma da outra.

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Isso pode permitir que os usuários utilizem o sistema de pagamento da Tencent nos aplicativos de e-commerce do Alibaba ou visualizem os produtos vendidos pelo Alibaba nos aplicativos de mídia social da Tencent.

Bolsas mundiais caem em meio a regulações da China

Com movimentos bruscos vindo do governo do país asiático, algumas companhias sangram perdas – especialmente as asiáticas. No fechamento, a Bolsa de Hong Kong teve queda de 4,13% ante novas regulações propostas, além dos 2,34% de queda vistos na vizinha, em Xangai.

Assim, na sexta (23) as bolsas do continente tiveram queda generalizada com incerteza em relação à variante delta somando nas preocupações dos investidores, além dos movimentos da China.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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