China emprestará US$ 1 bilhão à América Latina para acesso à vacina

A China irá conceder um empréstimo de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,12 bilhões) à América Latina para que a região tenha acesso à sua vacina contra o novo coronavírus (Covid-19). A informação foi revelada pelo ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, conforme reportou o governo do México na noite da última quarta-feira (22).

Em uma conferência virtual com diplomatas regionais, o ministro chinês disse que a vacina criada por eles teria uma inserção global. Além disso, segundo Wang, a China também possui uma série de projetos para combate a pandemia na região, de acordo com o comunicado do Ministério de Relações Exteriores mexicano.

A América Latina é a região mais afetada pela pandemia. Brasil, México, Peru e Chile estão entre os 10 países no mundo com mais mortes relacionadas ao vírus. Segundo informações da universidade norte-americana John Hopkins, a América Latina e Caribe já respondem por mais de quatro milhões de casos confirmados para o coronavírus, dos pouco mais de 15 milhões em todo o planeta.

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Os principais representantes de Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Peru, Uruguai, entre outros países, além da delegação do México, participaram do encontro com o ministro chinês.

A iniciativa chinesa vem à tona em meio ao aumento das tensões entre Estados Unidos e China. Ambos os países disputam por mais influência na América Latina, região historicamente influenciada pelos estadunidenses.

EUA e Reino Unido discutem planos para resistir à China

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Michael Pompeo, indicou, na última terça-feira (21), que quer formar uma aliança com o Reino Unido para entender e combater a “ameaça” representada pela China.

O anúncio realizado publicamente por Pompeo reflete o que já havia sido dito anteriormente aos legisladores britânicos: que o resto do mundo precisa mudar sua atitude em relação à China, e que os Estados Unidos estão se interessando por aumentar a resistência ao país asiático.

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Londres e Washington intensificaram suas críticas à nova lei de segurança de Pequim para Hong Kong, aumentando ainda mais as tensões entre os norte-americanos e a gigante asiática.

Na última semana, o Reino Unido proibiu a empresa chinesa Huawei Technologies de implementar suas redes 5G na região, citando o impacto das sanções estadunidenses contra a empresa.

Além disso, as tensões entre as duas maiores potências do planeta foram escaladas após os Estados Unidos determinarem o fechamento do consulado da China em Houston, no Texas. O Departamento de Estado do país afirmou que a medida tem o objetivo de proteger a “propriedade intelectual e as informações privadas dos norte-americanos”.

Jader Lazarini

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