China fecha acordos de cooperação e promete fundos de crédito para países latino-americanos

A Cúpula de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a China assinaram um plano de ação após reunião em Pequim. No documento, divulgado pelo Itamaraty, foram definidos acordos de cooperação em diversos setores econômicos.

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Segundo o acordo, a China se comprometeu a enviar fundos de crédito estimados em 66 bilhões de yuans, o equivalente a R$ 51 bilhões na cotação atual da moeda chinesa, para os países que integram a Celac. O país também oferecerá 3,5 mil bolsas de estudo e 10 mil oportunidades de treinamento entre 2025 e 2027.

Os setores que devem ser beneficiados pelos acordos de cooperação são saúde, infraestrutura de transportes, agropecuária, indústria sustentável, tecnologia da informação, energia, cinema e telecomunicações. As nações também prometeram se unir para promover inovação científica e tecnológica.

Também foi firmada uma parceria para combater as mudanças climáticas, além de crimes como terrorismo, corrupção, tráfico de animais, drogas e pessoas e o garimpo ilegal. Os países ainda vão organizar uma oficina que vai priorizar a discussão de estratégias para a erradicação da pobreza.

Os países se comprometeram, ainda, em coordenar ações que busquem aprofundar a cooperação financeira entre a China e a Celac. Foi definido também que as nações vão reforçar, na Organização Mundial do Comércio (OMC), a defesa conjunta de um sistema multilateral baseado em “regras justas, razoáveis e transparentes” para o comércio exterior.

China e EUA: Lula celebra negociação de tarifas

Em fala na noite desta terça, pelo horário brasileiro, manhã de quarta-feira (14) em Pequim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou o acordo para redução de tarifas comerciais anunciado na segunda-feira (12) entre China e Estados Unidos, após rodada de negociação reunindo representantes os dois países, realizada na Suíça.

“O acordo entre EUA e China é uma demonstração, pura e simplesmente, de que tudo seria mais fácil se antes de anunciar de forma unilateral as taxações, os EUA tivessem conversado com a China. Seria muito mais fácil, muito mais simples e muito menos penoso para o mundo. É uma demonstração de que tarda, mas não falha. A sabedoria leva a gente sempre à mesa de negociação”, disse Lula.

O presidente brasileiro cumpriu visita oficial nos últimos dias em Pequim e defendeu a volta da OMC como principal mecanismo para discussão de tarifas comerciais. Aproveitou para enfatizar a importância de organismos multilaterais de governança global para enfrentar desafios como o combate ao aquecimento global.

“Se não tiver a ONU [Organização das Nações Unidas] com força, a questão climática vai ser tratada de forma secundária. Não adianta tomar decisão nas COPs [conferências do clima da ONU], se depois você não tem uma instância de governança mundial que obriga a execução. Isso vai cansando, porque você toma decisão e não acontece nada. Chega um dia e desanima”, pontuou.

Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil

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Redação Suno Notícias

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