Casas Bahia (BHIA3) e outras do setor disparam no Ibovespa; veja por quê

As ações de Casas Bahia (BHIA3), assim como de outras varejistas, dispararam nesta quarta-feira (20) no Ibovespa, liderando os ganhos do índice, com as empresas do setor sendo beneficiadas pela expectativa da continuidade do corte na taxa Selic, que pode ser confirmado em mais uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

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No fechamento, as ações ordinárias de Casas Bahia (BHIA3) subiram 6,61%, cotadas a R$ 8,06. As ações de outras varejistas subiam em bloco. Confira:

Segundo Fábio Lemos, sócio da Fatorial Investimentos, os papéis de varejistas reagem positivamente ao fechamento da curva de juros, em dia de reunião do Copom, no qual é dado como certo o corte em 0,5% na taxa Selic. Para Lemos, isso favorece o setor, além de melhores dados divulgados recentemente a respeito do varejo.

“Em relação especificamente a Lojas Renner, tivemos uma visão positiva do sell side após conference call, principalmente em relação ao braço financeiro da empresa (Realize), que vinha preocupando o mercado e começou a apresentar melhoras, principalmente com novas mecanismos de diagnóstico na concessão de crédito da companhia”, destaca.

“Com a decisão do Copom hoje, os DIs vão dando uma aliviada hoje. Este é um setor que continua se beneficiando de taxa de juros. Hoje temos decisão de Federal Reserve (Fed), que pode mexer um pouco nas treasuries, e o Banco Central (BC) na expectativa de continuidade de queda de 50 pontos-base, o que seria bastante positivo para as varejistas”, reforça Rafael Passos, sócio e analista da Ajax Asset Management.

Na última reunião do Copom, o BC anunciou o quinto corte seguido da taxa Selic. A taxa caiu para 11,25%, no primeiro encontro do ano. A decisão era majoritariamente esperada pelo mercado e foi unânime. Para a próxima reunião, o mercado espera que o comitê reduza a Selic em 0,50 ponto percentual, para 10,75%, em linha com o sinalizado na reunião anterior.

Casas Bahia conclui alongamento de dívidas de R$ 1,5 bilhão

A Casas Bahia informou em fato relevante na última segunda-feira (18) que concluiu o reperfilamento de emissões de cédulas de crédito bancário e da nona emissão de debêntures que totalizam R$ 1,5 bilhão.

As dívidas da Casas Bahia, que venceriam entre 2024 e 2025, terão um novo prazo de três anos (36 meses), com a amortização do principal após a carência de 18 meses, em pagamentos trimestrais de 5% – após carência – e 70% no 36º mês.

O custo das operações será de CDI + 4% ao ano, disse a Casas Bahia.

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Giovanni Porfírio Jacomino

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