Dividendos turbinados: confira as ações selecionadas para a carteira do BTG
O BTG Pactual promoveu mudanças relevantes em sua carteira recomendada de dividendos para junho de 2025, com foco em previsibilidade de resultados e geração de valor ao acionista. Entre as novidades estão Cyrela (CYRE3), Vibra (VBBR3), Marcopolo (POMO4), Gerdau (GGBR4) e Auren (AURE3), que substituem Vale (VALE3), Tim (TIMS3), Alupar (ALUP11) e Banco do Brasil (BBAS3).

“Buscamos ativos com resiliência, qualidade e capacidade de entregar dividendos consistentes, mesmo em cenários mais desafiadores”, destacou o relatório do banco.
Dividendos: Cyrela e Marcopolo entram com retornos atrativos
A Cyrela foi incluída por seu crescimento operacional robusto e forte presença no programa habitacional Minha Casa Minha Vida, que hoje representa cerca de 40% dos resultados da companhia. O papel negocia a 5x P/L para 2025 e tem um dividend yield estimado de 9,4% este ano, saltando para 19,8% em 2026.
Já a Marcopolo, que vem se recuperando após um primeiro trimestre sazonalmente mais fraco, tem projeção de dividend yield de 10% para 2025. Segundo o BTG, “continuamos confiantes de que a POMO está posicionada para entregar ganhos sequenciais de margem nos próximos trimestres”.
Vibra é aposta do BTG no setor de combustíveis; Gerdau reforça diversificação
A Vibra Energia aparece como destaque na distribuição de combustíveis, apoiada por seu valuation atrativo e maior exposição à fiscalização regulatória. Mesmo com estimativas conservadoras, o banco vê potencial de expansão de margens e ganhos operacionais.
A Gerdau, por sua vez, é vista como mal precificada diante da sua exposição internacional — especialmente nos EUA — e da forte disciplina de custos. O yield de fluxo de caixa pode superar 10% em 2026.
“Nos níveis atuais, vemos risco limitado para GGBR4 e acreditamos que os resultados do segundo trimestre podem melhorar o sentimento de mercado”, apontou o BTG.
Auren entra com viés macro e alto potencial de retorno
A Auren foi incluída mesmo diante de uma alavancagem elevada, por conta de sua recente aquisição da AES. Com dívida líquida equivalente a 2/3 do EV, o papel se tornou sensível ao custo de financiamento, mas negocia a uma TIR real de 13%, o que sustenta a recomendação de compra do banco.
A carteira de junho também mantém nomes como Itaú, Santander, Petrobras, Copel, Equatorial, Eletrobras, Direcional e Caixa Seguridade. A performance acumulada da carteira desde novembro de 2019 é de 87,4%, superando o IDIV (61,3%) e o Ibovespa (27,3%).
Com dividend yields que chegam a dois dígitos e foco em qualidade operacional, a seleção de junho reforça a visão do BTG de que é possível capturar valor com dividendos mesmo em um cenário macroeconômico volátil.