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Selic: mais um corte, se houver, deve ser pequeno, diz Campos Neto

Selic

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil.

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, reforçou que “devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno”. A autoridade monetária já havia salientado isso na decisão sobre o mais recente corte na taxa básica de juros (Selic).

A declaração de Campos Neto aconteceu nessa quarta-feira (12) durante uma videoconferência num evento promovido pela Petrobras (PETR3; PETR4). Cabe lembrar que na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, a autarquia decidiu em unanimidade cortar a Selic em 0,25%. Com o novo corte, a taxa básica de juros caiu para 2% ao ano, uma nova mínima histórica.

A taxa básica de juros da economia serve como a base para os juros de toda a economia do país. Frente a isso, sua variação pode afetar o controle da inflação, que se relaciona diretamente com a atividade econômica.

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Ainda na teleconferência do evento “Diálogos do Conhecimento”, Campos Neto salientou que “consequentemente, eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal, assim como de novas informações que alterem a atual avaliação do Copom sobre a inflação prospectiva”.

Além disso, o presidente da autoridade monetária central sinalizou que existe uma “recuperação parcial da atividade”, explicando que os setores da economia que foram mais afetados pelo isolamento social, adotado para enfrentar o novo coronavírus (Covid-19), continuam desanimados no País.

Para ele, o crescimento mais sustentável e inclusivo será um “desafio adicional” após a pandemia.

Por outro lado, o executivo salientou que “há desafios, mas também oportunidades para se reinventar com recursos privados”, quando comentou sobre as oportunidades dos juros baixos e o cenário de alta liquidez mundial.

Segundo ele, os programas dos BCs frente ao período de pandemia levaram à uma “grande injeção de liquidez nos sistemas financeiros”. Entretanto, o Campos Neto reforçou que “se não administrados adequadamente, problemas de liquidez pode se tornar problemas de solvência”.

Copom corta Selic em 0,25 p.p.

O Copom decidiu por unanimidade após sua 232ª reunião da última quarta-feira (5), cortar a taxa básica de juros em 0,25%, para 2% ao ano.

“O Copom entende que a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas reconhece que, devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno. Consequentemente, eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal, assim como de novas informações que alterem a atual avaliação do Copom sobre a inflação prospectiva”, salientou o Banco Central na nota que acompanhou a decisão, sobre a Selic.

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