Campos Neto rejeita recondução e será presidente do Banco Central somente até 2024

O atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reafirmou nesta quinta-feira (15) que terminará seu mandato em 2024 e não pretende voltar ao cargo.

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O presidente do Banco Central também destacou que não pretende aceitar qualquer eventual proposta do novo governo por um segundo mandato à frente da autoridade monetária. Campos Neto, em suas falas, destaca que é contra a recondução.

“Tenho dito há bastante tempo que um mandato é suficiente pra fazer o que eu queria fazer. Desde o começo disse que não achava bom haver recondução, inclusive fui contra no debate sobre a lei de autonomia do Banco Central“, reafirmou Roberto Campos Neto.

Segundo ele, esse tema não foi debatido no encontro com o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta semana.

“Pretendo ficar até o fim do meu mandato”, enfatizou.

Campos Neto detalha primeira conversa com Haddad

O presidente do Banco Central relatou também que sua primeira conversa com Haddad foi bastante positiva.

“O ponto principal de conversa com Haddad foi coordenação de política monetária e fiscal, e ele disse que concordava com quase todos os pontos trazidos. Também conversamos sobre acesso de empresas a mercado de capitais”, afirmou Campos Neto.

E completou: “Espero continuar conversa próxima com Haddad, por coordenação fiscal e monetária. O mais provável é que ocorra reuniões com frequência.”

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Inadimplência sobe, mas não gera risco sistêmico diz presidente do Banco Central

Campos Neto também disse que o aumento da inadimplência é discutida “com seriedade” pela autoridade monetária.

“Mas entendemos que esse movimento não gera risco sistêmico ou financeiro, nem que haja um aumento dos chamados superendividados”, respondeu.

A taxa de inadimplência nas operações de crédito livre com os bancos passou de 4,1% para 4,2% de setembro para outubro. Para as pessoas físicas, a taxa de inadimplência passou de 5,8% para 5,9% de um mês para o outro. No caso das empresas, variou de 1,9% para 2,0% período.

O presidente do BC repetiu ainda que a substituição da TJLP pela TLP no governo de Michel Temer foi um ganho institucional.

“Houve uma expansão do mercado de capitais, uma redução da taxa neutra. Foi uma mudança muito boa que gerou ganhos de eficiência na economia”, disse Campos Neto.

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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