Caminhoneiros podem realizar nova greve após decisão de Fux sobre frete

Os caminhoneiros estão cogitando realizar uma nova greve após a liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux.

Nesta quinta (6) Fux suspendeu a aplicação de multas contra caminhoneiros e empresas que não cumprirem a tabela do frete imposta pelo governo.

Por isso, grupos de caminhoneiros voltaram a ficar agitados e a discutir de uma possível nova greve.

Saiba mais: STF suspende multas a transportadoras que não cumprirem tabela de frete 

Por grupos de redes sociais dos transportadores, já corre uma convocação para mobilização na madrugada de domingo (9).

O diretor do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam), Ariovaldo de Almeida Junior, pediu que os caminhoneiros cogitem sobre uma possível paralisação de 24 horas.

“Gostaria de conversar com todos vocês para que a categoria dê uma resposta imediata a toda e qualquer ameaça aos nossos direitos, lutas e conquistas. Esse tipo de atitude não só nos prejudica, como coloca em cheque o próprio piso mínimo, como coloca em cheque a nossa dignidade, o nosso orgulho e tudo aquilo que fizemos”, escreveu de Almeida.

A liminar de Fux proibiu a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e aplicar multas para as empresas que não pagarem o valor mínimo estabelecido em tabela para o transporte de mercadorias por caminhões.

O ministro do STF acatou um pedido da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) que visava suspender a tabela do frete. A CNA alegou que a ANTT editou uma nova resolução em novembro com mais penalidades.

Fux é relator de uma série de Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) que contestam no STF o tabelamento.

Em sua decisão, o magistrado destacou informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que afirmam que o tabelamento gerou “entraves e prejuízos”.

A medida provisória editada pelo governo de Michel Temer em maio que instituiu a tabela do frete para caminhoneiros foi aprovada pelo Congresso em julho e sancionada pelo presidente em agosto.

Carlo Cauti

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