Caminhoneiros do ES iniciam greve após alta do diesel pela Petrobras (PETR4)

O Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Espírito Santo (Sindicam/ES) anunciou que os caminhoneiros do estado entraram em greve a partir desta quarta-feira (11). Trata-se do primeiro órgão da categoria a informar paralisação após o aumento do preço do diesel.

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Na última segunda-feira (9), a Petrobras (PETR4) reajustou o preço do diesel em 8,87% para as suas refinarias, representando uma mudança de R$ 0,40. Com isso, o preço do combustível passou de R$ 4,51 para R$ 4,91 por litro. Para o Sindicam, o aumento deixou “a situação dos caminhoneiros autônomos insustentável”.

Em março, a estatal já havia feito um reajuste de maior valor, com aumento no preço do diesel de 24,9%. Agora, o sindicato dos caminhoneiros reivindicam um ajuste de 26% no preço do frete, para compensar a alta do diesel e valores diferentes entre os tipos de cargas.

“O Sindicam/ES, a ACA e a Coopercolog, juntamente com os representantes dos caçambeiros, apoiam esse movimento. Entendemos que a situação dos autônomos ficou insustentável depois de tantos reajustes, seja no preço do diesel ou dos insumos que compõem o dia a dia do caminhoneiro”, diz comunicado.

Comunicado do sindicato dos caminhoneiros do ES. Foto: Reprodução/ Sindicam
Comunicado do sindicato dos caminhoneiros do ES. Foto: Reprodução/ Sindicam

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Líderes dos caminhoneiros criticam reajuste do diesel

Na terça (10), a Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores) soltou um comunicado à imprensa dizendo que recebeu a informação do acréscimo de até 40 centavos no litro do diesel com indignação e que é necessário mudar a forma de elevação de preço.

O presidente da associação, Wallace Landim, também conhecido como Chorão, comentou sobre o assunto. “Vou conversar com outros segmentos, pois a gente precisa pressionar a Petrobras para mexer na PPI [Política de Paridade Internacional] (…). Não podemos ficar quietos. Nós precisamos fazer alguma coisa”, destacou Chorão.

O deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, também declarou à imprensa que o sentimento da categoria é de traição por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“As lideranças estão considerando que os caminhoneiros estão de luto. O presidente não cumpriu a palavra dele. Dia 21 de maio vai fazer quatro anos da paralisação de 2018, ele continua com esses presidentes fantoches da Petrobras que fazem exatamente o que ele quer. Se tornou insustentável”, disse Crispim ao Correio Braziliense.

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Monique Lima

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