Cade aprova parceria entre Ambev e Red Bull

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem a ingerência de restrições, o negócio entre a Ambev (ABEV3) e Red Bull.

A Superintendência-Geral da instituição acenou positivamente à celebração de um contrato de distribuição e ou revenda de bebidas energéticas entre Ambev e a Red Bull, no território brasileiro.

Em abril deste ano, a operação foi formalizada por ambas as companhias. O comunicado ao Cade dizia que o intuito do negócio é “aliar a capilaridade, capacidade, rotas de distribuição e expertise da Ambev no mercado de bebidas, com o interesse da Red Bull em expandir a distribuição de suas bebidas energéticas no Brasil”.

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“Além disso, as partes entendem que a operação representará, para a Ambev, a oportunidade de distribuir uma marca com envergadura internacional”, informaram as empresas.

O caso foi acompanhado de perto pelas empresas Heineken (HNK BR) e Cevejaria Petrópolis. As empresas, que se posicionaram como terceiros interessados no processo.

No pedido feito ao Cade à época, a Cervejaria Petrópolis afirmou entender que “a concretização da operação poderá ensejar a prática de condutas anticompetitivas no segmento de energéticos, como por exemplo o fechamento de mercado por meio de contratos de exclusividade”.

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Por sua vez a HNK BR, que integra o Grupo Heineken no Brasil, argumentou que “vale notar que as próprias requerentes mencionam a HNK BR como um de seus principais concorrentes no mercado de distribuição de bebidas em geral […] tendo portanto a HNK BR interesse direto no Ato de Concentração em análise”.

O aval do Cade ao negócio está publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (17).

Resultados da Ambev

A gigante do segmento de bebidas registrou um lucro líquido de R$ 2,74 bilhões durante o primeiro trimestre de 2019. A alta equivale a um avanço de 3,2% quando comparado aos mesmo período do ano anterior.

Um dos fatores principais para isso acontecer foi a diminuição de despesas financeiras. A informação foi divulgada junto ao balanço da empresa no final do mês de julho.

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A subsidiária da Anheuser Busch conseguiu lucrar R$ 2,616 bilhões entre os meses de abril e junho. Dessa forma, a Ambev deixou para trás as estimativas de especialistas, que esperavam por um valor de R$ 2,286 bilhões.

Nesta terça-feira (17), próximo das 12h15, as ações ordinárias da Ambev apresentam alta de 1,20%, sendo negociadas a R$ 19,38 na B3.

Jader Lazarini

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