BTG Pactual (BPAC11): veja as 5 apostas do banco para a temporada de balanços

Apesar das derrocadas do Ibovespa nos últimos meses, o BTG Pactual (BPAC11) mantém o otimismo com o cenário de ações brasileiras, recomendando compra para alguns papéis da bolsa.

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Com queda de mais de 10% neste ano no Ibovespa, o BTG Pactual recomenda compra para setores que estão em cenário crítico, como o varejo, vendo margens razoáveis e acima do consenso.

Em alguns casos, os analistas observam um aumento de mais de 20 pontos percentuais no indicador de margem líquida em relação ao consenso – apesar de ficarem próximos na maioria das vezes.

Apesar do tom confiante do BTG Pactual com o varejo, a recomendação de compra só não vale para dois players – Hering (HGTX3) e Marisa (AMAR3). Os analista mostraram cautela com o setor de educação, de alimentos e bebidas e de saúde — este último o menos arriscado, de acordo com o relatório.

Alupar (ALUP11)

Enquanto o consenso vê uma margem líquida de -5,7%, o BTG mira 15% para o balanço da Alupar (ALUP11), com uma margem EBITDA de 90% e uma receita de líquida de R$ 644 milhões ante R$ 522 milhões previstos pelo consenso.

A holding Alupar atua na parte de transmissão e geração de energia no Brasil, Colômbia e Peru. Atualmente, a maior parte da geração da caixa provém do segmento de transmissão, mais estável.

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Cosan (CSAN3)

Para a Cosan (CSAN3) os analistas veem um lucro líquido de R$ 1,1 bilhão ante R$ 395 milhões de consenso, com uma margem líquida de 5% ante 1,4%.

A estimativa é de uma receita de R$ 25 bilhões, neste caso abaixo do consenso de R$ 28,3 bilhões.

Hapvida (HAPV3)

Nesse caso, a estimativa é de R$ 369 milhões de lucro líquido no balanço da Hapvida (HAPV3), contra projeção do mercado de R$ 197 milhões. Além disso, os analistas enxergam um resultado financeiro com margem EBITDA de 19% e margem líquida em 14%

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“As notícias recentes reforçam que as fusões e aquisições deverão continuar intensas no setor da saúde, em particular no segmento hospitalar. A agenda de consolidação do setor está mais viva do que nunca, e esse é um dos motivos pelos quais gostamos de estar expostos ao setor de saúde agora”, dizem os analistas Samuel Alves, Yan Cesquim e Pedro Lima.

Aliansce Sonae (ALSO3)

Com estimativa de uma margem líquida de 52% ante 17,6% do consenso de mercado, o BTG Pactual espera um lucro de R$ 117 milhões para a Aliansce (ALSO3) –  penalizada juntamente com o setor de shoppings, que caiu em bloco na pandemia com as medidas de distanciamento social.

No mesmo sentido, os analistas do Goldman Sachs frisam que os shoppings do Brasil e do Chile tiveram desempenho inferior no acumulado do ano porque enfrentaram bloqueios durante o primeiro semestre do ano e sofreram com os juros crescentes.

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“Embora esperemos um segundo semestre melhor conforme as restrições diminuem, acreditamos que podem haver riscos de queda nas estimativas, já que as taxas continuam subindo. Reiteramos a nossa classificação de compra da Aliansce Sonae, uma vez que é negociada com um desconto de 21% em relação aos pares do Brasil e deve ser a menos afetada por taxas mais elevadas”, diz o relatório assinado por Tito Labarta, Tiago Binsfeld e Beatriz Abreu.

Iguatemi (IGTA3)

Ainda no setor de shoppings, o BTG Pactual mira um lucro de R$ 80 milhões para o Iguatemi (IGTA3), ao passo que o mercado vê cerca de R$ 30 milhões na última linha do balanço. Os analistas do banco de investimento projetam uma margem líquida de 45%, praticamente trinta pontos percentuais acima da média – apesar da receita de R$ 177 milhões ante R$ 188 milhões previstos pelo mercado.

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Eduardo Vargas

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